Bolívia vai às urnas para eleger presidente em um cenário de dificuldades econômicas, incluindo a escassez de combustíveis

Bolívia vai às urnas para eleger presidente em um cenário de dificuldades econômicas, incluindo a escassez de combustíveis

 O segundo turno das eleições presidenciais na Bolívia é disputado neste domingo (19) entre Rodrigo Paz, com Edman Lara como vice, e a chapa da Aliança Livre, encabeçada por Jorge Tuto Quiroga e Juan Pablo Velasco.

          


Neste domingo (19), os bolivianos voltaram às urnas para eleger o novo presidente, em substituição a Luis Arce, que desistiu de concorrer à reeleição. A votação se estende ao longo do dia nos nove departamentos do país, incluindo os departamentos fronteiriços com o Brasil (Rondônia) de Beni, Pando e Santa Cruz.

No entanto, a escolha do presidente vai além da simples definição de um novo líder. Os bolivianos esperam que o próximo mandatário seja capaz de reverter a grave crise econômica que o país enfrenta, cujo sintoma mais visível é a falta de combustível nos postos de gasolina. As longas filas de veículos em busca de abastecimento se tornaram uma constante desde o ano passado.

Em um país com maioria indígena, a Bolívia se prepara para escolher entre dois candidatos brancos e de direita: Rodrigo Paz, do Partido Democrático Cristão (PDC), e Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Livre, um nome já conhecido por ter exercido a presidência do país.

Ambos os candidatos compareceram às urnas pela manhã. Rodrigo Paz votou no município de San Lorenzo, em Tarija, acompanhado de seu pai, o ex-presidente Jaime Paz Zamora. Rodrigo Paz exortou os bolivianos a votarem e a optarem pela mudança: “A mensagem aos bolivianos é ‘votar, votar e votar’. Escolham quem quiserem, mas este é um momento de mudança, de renovação. Creio que, neste ano do bicentenário, o país fecha um ciclo de 200 anos e inicia um novo”, declarou.

Após acompanhar seu vice, Juan Pablo Velasco, em Santa Cruz pela manhã, Jorge “Tuto” Quiroga retorna a La Paz nesta tarde. Durante sua passagem por Santa Cruz, o candidato aproveitou a oportunidade para exortar os bolivianos a participarem das eleições. Em seu discurso, Quiroga enfatizou a importância de uma mudança política, criticando os 20 anos de governo do Movimento ao Socialismo (MAS), iniciados com Evo Morales e atualmente liderados por Luis Arce, cuja administração tem enfrentado crescente desaprovação popular.

Quiroga destacou a crise de abastecimento que assola o país, com a falta de combustíveis como gasolina e diesel resultando em filas quilométricas nos postos. Adicionalmente, apontou a fuga de dólares como um sintoma da crise econômica, reforçando que a população deposita suas esperanças em sua candidatura para promover a tão desejada mudança. “Vamos todos votar! É um dia em que temos nas mãos a ferramenta mais poderosa: o voto. Com ele, podemos acabar com 20 anos, duas décadas destrutivas do (Movimento ao Socialismo), que deixaram a economia em uma crise profunda”, pontuou.

A campanha, marcada por intensa troca de acusações, chega ao seu ápice. Após a votação, Paz viajará para La Paz, centro do poder boliviano, para acompanhar a apuração e o anúncio do novo presidente. Enquanto isso, as últimas pesquisas apontam Tuto Quiroga como favorito.

Tanto Evo Morales quanto Luis Arce votaram nas eleições. Morales declarou que nenhum dos candidatos o representava, mas justificou sua ida às urnas como um ato em defesa da democracia. Arce também compareceu à votação e enfatizou que os candidatos devem respeitar a escolha democrática dos bolivianos. Com informações do jornal El Deber.


 

da redação FM


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