| Nova edição define diretrizes estratégicas e moderniza conceitos sobre segurança e emprego das Forças Armadas - Foto: Reprodução |
Porto Velho, Rondônia — O Ministério da Defesa aprovou a 3ª edição da Doutrina Militar de Defesa (MD51-M-04/2025), documento que orienta o pensamento estratégico e o emprego das Forças Armadas na proteção da soberania e dos interesses nacionais. A medida foi oficializada pela Portaria GM-MD nº 3.746, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (5).
A nova versão substitui a anterior, em vigor desde 2007, e será revisada novamente em 2028, conforme determinação do ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho. O texto atualiza princípios, conceitos e normas de atuação conjunta entre Marinha, Exército e Aeronáutica, alinhando a doutrina militar brasileira às transformações tecnológicas, geopolíticas e estratégicas do cenário internacional.
O que muda com a nova doutrina
A Doutrina Militar de Defesa estabelece linhas de pensamento comuns às Forças Armadas, com base em princípios de preparo, organização e emprego do poder militar. Ela define diretrizes sobre:
- Estratégias de defesa nacional e uso da força em diferentes níveis (político, estratégico, operacional e tático);
- Poder Nacional, abrangendo expressões política, econômica, militar, psicossocial e científico-tecnológica;
- Emprego das forças em ambiente multidomínio, que inclui o terrestre, marítimo, aéreo, espacial e cibernético;
- Gerenciamento de crises e conflitos, com foco na prevenção, dissuasão e estabilização de situações que ameacem a segurança nacional.
O documento também reforça a importância da cooperação entre as três Forças, da interoperabilidade de sistemas militares e da integração com outras áreas do governo, como diplomacia, ciência e economia, para fortalecer a defesa do país.
Contexto e importância
Segundo o Ministério da Defesa, a atualização da doutrina reflete o compromisso do Brasil com uma política de defesa moderna, transparente e cooperativa, adequada às novas formas de conflito — que hoje envolvem não apenas o campo militar, mas também os ambientes informacional, tecnológico e cibernético.
A Doutrina Militar de Defesa é um dos principais instrumentos de planejamento estratégico do país, ao lado da Política Nacional de Defesa (PND), da Estratégia Nacional de Defesa (END) e do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN), todos aprovados pelo Congresso Nacional.
da redação FM
