Alexandre de Moraes autoriza investigação sobre interferência de Bolsonaro na PF

Alexandre de Moraes autoriza investigação sobre interferência de Bolsonaro na PF

 Ministro do STF atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para reabrir o inquérito que apura a suposta ingerência do ex-presidente na Polícia Federal.


        © Marcelo Camargo/Agência Brasil


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (16) a reabertura do inquérito da Polícia Federal (PF) que investigava o ex-presidente Jair Bolsonaro pela suposta interferência política na corporação. Moraes acatou o pedido feito na véspera pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O inquérito original havia sido concluído pela PF em março de 2022, ainda durante o governo Bolsonaro, que pediu o arquivamento do caso por entender que não houve ingerência política.

Motivação para a reabertura da investigação

A investigação sobre a suposta interferência na PF começou após a demissão de Sérgio Moro do cargo de ministro da Justiça. Na época, Moro insinuou que Bolsonaro buscava interferir na PF por meio da troca do então diretor-geral, Maurício Valeixo, que havia sido indicado por ele.

O procurador-geral Paulo Gonet utilizou como justificativa para a reabertura o envio de uma mensagem de Bolsonaro a Moro no dia 22 de abril de 2020, que confirmava a demissão de Valeixo. No dia seguinte, o ex-presidente teria compartilhado uma notícia sobre investigações da PF contra deputados que o apoiavam. Para Gonet, é necessário apurar se houve “efetivamente” interferências na PF.

Conforme o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a PF deverá checar a ligação da suposta interferência com outras investigações em andamento:

Apuração sobre a Abin Paralela.

Caso da propagação de desinformação.

Uso da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na trama golpista.

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - 20

da redação FM

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