Operação foi realizada na capital e no interior do Estado
Em entrevista realizada no final da manhã desta quarta-feira (20) as autoridades locais da Polícia Civil, Polícia Penal e Ministério Público passaram mais informações sobre a Operação Escudo de Rondônia.
Conforme o delegado Daniel Braga, da Delegacia de Patrimônio, durante a ofensiva policial foram presos 18 criminosos do CV, três armas de fogo apreendidas, drogas e dinheiro, além de uma caminhonete e uma motocicleta.
A Operação Escudo de Rondônia foi realizada na capital e cinco municípios no interior do Estado contra membros do CV acusados de uma onda de ataques com incêndios e execuções a tiros de dois policiais.
Nota da PC
A Polícia Civil do Estado de Rondônia, por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Extorsões, Roubos e Furtos (DERF), deflagrou a Operação Escudo de Rondônia. A ação foi realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRO), contando ainda com o apoio da Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS) e da Gerência de Aviação do Estado (GAVE).
A operação mobilizou mais de 130 policiais, além do emprego de um helicóptero da GAVE, e teve como objetivo o cumprimento de 31 mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca domiciliar. As ordens judiciais foram expedidas no bojo de Inquérito Policial instaurado para apurar a atuação de integrantes de facção criminosa em Rondônia.
As diligências ocorreram de forma simultânea em seis municípios de Rondônia — Porto Velho, Ariquemes, Guajará-Mirim, Ouro Preto do Oeste, Mirante da Serra e Jaru — além do município de Catanduvas/PR, em articulação interestadual com o Sistema Prisional Federal.
Investigações
As investigações revelaram que a facção foi responsável por uma série de ataques orquestrados entre os dias 12 e 19 de janeiro de 2025, em Porto Velho e no interior do Estado, incluindo:
• execuções sumárias, como a do policial militar Fábio Martins de Andrade Cardoso, assassinado no condomínio Orgulho do Madeira;
• incêndios criminosos contra ônibus escolares, coletivos, caminhões e veículos de empresas privadas;
• atentados contra repartições públicas e bens do Estado.
Apurou-se que a ofensiva criminosa foi ordenada por lideranças dentro e fora do sistema prisional, com destaque para J. P. L., vulgo “Tio Ogro”, apontado como um dos responsáveis por determinar os ataques. O trabalho investigativo revelou a cadeia de comando, os financiadores e os executores locais, comprovando a estrutura organizada e hierarquizada da facção.
O nome “Escudo de Rondônia” foi escolhido para simbolizar a proteção do Estado diante da ofensiva criminosa, representando o compromisso das forças de segurança em resguardar a sociedade rondoniense e reafirmar a soberania do Estado.
A Polícia Civil de Rondônia reafirma seu papel central no enfrentamento ao crime organizado, atuando com rigor investigativo, estratégia operacional e articulação institucional. Cada ação desenvolvida traduz o compromisso permanente desta Instituição com a ordem pública, a paz social e a proteção da população rondoniense.
Rondoniaovivo