Em caso de recebimento de algumas dessas mensagens, a orientação policial é para que as pessoas jamais enviem os valores e busque uma delegacia para prestar queixa.
Em julho deste ano, policiais civis de Rolim de Moura prenderam um homem sob a acusação de filmar e divulgar vídeos íntimos de uma mulher em redes sociais. A própria vítima denunciou o criminoso, após tomar o conhecimento da sua exposição no aplicativo WhatsApp. “Já entraram em contato comigo pedindo nudes minhas”. A declaração é de um morador de Porto Velho que preferiu não se identificar. Segundo o homem, criminosos constantemente o procuram para ter com ele esse tipo de investida.
Ao contrário do personagem, muita gente não agi com a mesma esperteza para driblar as ações criminosas, sejam de desconhecidos ou até mesmo de pessoas que os indivíduos mantêm contato apenas pela tela do celular e/ou computador. É nessa aproximação que mora o perigo. Com as imagens dos nudes em poder, os bandidos aproveitam para chantageia-las.
“Tal tipo de golpe tem ocorrido em todos os estados e feito diversas pessoas a depositarem valores nas contas indicadas pelos criminosos”, explica o delegado da Polícia Civil Swami Otto.
Em Rondônia, uma investigação descobriu que os criminosos estão se passando até por servidores da Polícia Civil. “Os criminosos fazem contato se passando por policiais civis dizendo que possuem mensagens e fotos intimas da vítima e começam a exigir dinheiro sob a ameaça de prisão ou divulgação de tais imagens”, explica.
Outra ferramenta usada para o desenvolvimento do golpe é o Facebook. De maneira simples, alguém malicioso (a) cria um perfil falso, normalmente uma pessoa com alto padrão de beleza. Em seguida passa a enviar mensagens picantes. A vítima normalmente homens e mulheres na faixa etária de 30+ cai na arapuca, passando a ser presa fácil dos bandidos. Uma vez nas mãos, o criminoso virtual começa a dizer que é menor de idade e se não for feita o deposito em dinheiro o denunciará para a polícia.
Em caso de recebimento de algumas dessas mensagens, a orientação policial é para que as pessoas jamais enviem os valores e busque uma delegacia para prestar queixa. “Tenha atenção. Se isso acontecer com você fique alerta. Isso é um crime, não são policiais civis. Procura a delegacia mais próxima para registrar a ocorrência”, esclarece o delegado.