Fogaça é investigado pelo Ministério Público por chefiar organização criminosa (Orcrim) que desviou milhões da publicidade estatal
Ele foi proibido de usar redes sociais e sites dele e ligados a ele para falar sobre o assunto em investigação. Mais uma vez Fogaça descumpriu a determinação judicial, usando desta vez o Portal 364, que está em nome do filho de um assessor
O vereador Everaldo Fogaça (Republicanos) não cansa de aprontar. Com isso está obrigando o Judiciário a determinar sua prisão para que pare de atrapalhar a investigação desenvolvida pelo Ministério Público sobre o escândalo da mídia. Desta vez ele usou o site Portal 364 para novamente atacar a Assembleia Legislativa e a agência de publicidade Pen6. São duas matérias somente hoje (20).
O Ministério Público apura denúncia de que Everaldo Fogaça seria o chefe de uma quadrilha que desviou milhões da publicidade oficial do governo, através de um esquema envolvendo sites em nomes de laranjas e o uso de robôs para mascarar acessos a esses sites. Imaginem se tem cabimento sites ligados ao vereador registrarem praticamente todas as visitações durante a madrugada. Esses sites não têm acesso suficientes para receber mídia oficial.
Alguns donos de sites acabaram sendo injustiçados, aparecendo em uma lista, como se fossem ligados a Everaldo Fogaça. Na lista apareceram 40 sites. Na orcrim existem cerca de 30. O esquema durou enquanto a secretária de Comunicação do governo era Rosângela Silva. Quando ela foi exonerada, o esquema liderado pelo vereador foi cortado. No último mês em que o esquema funcionou, Fogaça recebeu ilicitamente cerca de R$ 400 mil.
O Portal 364, usado para atacar a Assembleia Legislativa, está em nome de Michael Tetzner Costa. Ele nunca foi jornalista, mas Fogaça conseguiu um registro profissional para ele. Michael nem está morando em Rondônia. Ele estuda Medicina na Bolívia, como pode ser visto em sua conta no Instagram.
Michael é filho de Moizes Leoncio Costa. Eles aparecem em contas do Instagram. Moisés é assessor de Everaldo Fogaça, como pode ser visto no contracheque postado pelo blog Entrelinhas. Na conta do assessor no Instagram aparecem fotos do vereador.
A raiva de Fogaça contra a Assembleia Legislativa é porque ele tentou instalar na Casa de Leis o mesmo esquema que funcionava com a ex-secretária Rosângela Silva. Na Assembleia, ninguém aceitou. O vereador, então, ameaçou o dono da agência de publicidade que atende a Assembleia. Não adiantou.
Fogaça foi proibido de usar redes sociais ou sites ligados a ele para falar da mídia, assunto em investigação. Ele cospe no Judiciário. E o mais absurdo: anda dizendo que salvou a vida do promotor em Cacoal, por isso nada acontecerá. É claro que é mentira. E o processo está em andamento.

