Em gesto simbólico de aproximação, deputado federal deu as mãos ao presidente e afirmou que a igreja "não tem partido"
BRASÍLIA (DF) —O Palácio do Planalto foi palco de uma cena emblemática nesta terça-feira (23), logo após a assinatura do decreto que reconhece a música e a cultura gospel como patrimônio cultural brasileiro. O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Jair Bolsonaro, protagonizou um momento de oração pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dando as mãos ao chefe do Executivo, Otoni pediu bênçãos para o presidente, sua família e o governo. O parlamentar justificou o ato afirmando que a igreja “não é de direita, nem de esquerda” e que interceder pela autoridade constituída é, em última análise, orar pela própria nação.
“Não ofereço bens, mas oração”
O vídeo do momento foi amplamente divulgado nas redes sociais por Lula, Otoni e pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Na gravação, o deputado enfatiza que seu apoio se manifesta através da fé.
Oração: Otoni pediu que Deus ilumine, proteja e guarde o presidente durante o restante de seu mandato.
Justiça Social: O deputado elogiou o novo decreto, afirmando que a medida insere o público evangélico dentro da justiça social defendida por Lula.
Fim da Polarização: O parlamentar criticou o conflito ideológico atual, defendendo que a igreja deve permanecer à margem da polarização política.
Lula, por sua vez, reforçou o tom conciliador em suas redes, comentando que “fé, respeito e amor não têm partido político” e que valorizar a fé é um gesto democrático.
A Mudança de Rota de Otoni de Paula
A aproximação de Otoni de Paula com o governo petista marca uma virada significativa em sua trajetória. Nos últimos anos, o deputado — que já foi uma das vozes mais estridentes da ala pró-Bolsonaro e sendo nomeado vice-líder do governo na Câmara dos Deputados em duas ocasiões. — iniciou um distanciamento da direita radical e do bolsonarismo.
Neste ano, o nome de Otoni chegou a ser ventilado para assumir um ministério, como parte de uma estratégia do governo para atrair a Frente Parlamentar Evangélica. Embora a indicação não tenha se concretizado em 2025, o gesto desta terça-feira sinaliza que o parlamentar segue como uma das principais pontes entre o Planalto e o segmento religioso.
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Por Caio Rangel •
da redação FM
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