Presidente da ADPB criticou obreiros que recusam chamado por causa da faculdade dos filhos ou da opinião da mulher: "Isso é conversa, rapaz".
JOÃO PESSOA (PB) — Conhecido por não ter “papas na língua” e defender o conservadorismo raiz, o pastor José Carlos de Lima, presidente da Assembleia de Deus na Paraíba (ADPB), voltou a agitar a internet com uma pregação forte sobre autoridade pastoral e submissão familiar.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o líder critica duramente o que chama de “inversão de valores” na vida de pastores e obreiros que colocam o bem-estar da família acima do chamado ministerial.
“Não toco trombeta com a mulher”
Sem rodeios, José Carlos afirmou que, em sua casa e ministério, as decisões não passam pelo crivo da esposa quando o assunto é obedecer a Deus. Usando uma metáfora militar e bíblica, ele disparou:
“Não, a mulher não vai tocar a trombeta, não. Quem toca a trombeta sou eu. Isso é conversa, rapaz. [Dizer] ‘Eu vou pensar, vou consultar minha mulher’… Não! Se o chamado foi pra mim, a trombeta está nas minhas mãos.”
Para o veterano, a atitude de pedir a opinião da companheira antes de aceitar uma transferência ou missão seria um sinal de fraqueza ou falta de entendimento bíblico sobre a liderança do lar.
Faculdade dos Filhos vs. Obra de Deus
Outro ponto polêmico da mensagem foi a crítica aos pais que priorizam a formação acadêmica dos filhos em detrimento da obra missionária. O pastor ironizou obreiros que checam se a cidade tem universidade antes de aceitar o envio.
“Manda o caminhão. E seus filhos lá? Eles vão continuar o estudo deles. Não tem problema. (…) ‘Ah, mas eu vou saber se lá tem universidade’… Isso é conversa, rapaz. Quem é chamado para a obra tem que obedecer a Deus”, afirmou.
José Carlos de Lima encerrou citando Mateus 6:33 (“Buscai primeiro o Reino de Deus”), defendendo que, quando se prioriza a missão, Deus cuida da estrutura familiar.
De um lado, fiéis da “velha guarda” aplaudem a postura de autoridade e renúncia total. Do outro, cristãos mais jovens questionam se a falta de diálogo com a esposa e o descaso com o planejamento educacional dos filhos não seriam, na verdade, autoritarismo.
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Por Izael Nascimento
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