Rondônia recebe menção negativa em ranking nacional de falta de transparência

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Rondônia recebe menção negativa em ranking nacional de falta de transparência

 

         Premiação Cadeado de Chumbo expôs órgãos públicos com pior desempenho em transparência, incluindo Rondônia entre as menções negativas de 2025. - Foto: Marcelo Gladson / Alô Rondônia

Prêmio Cadeado de Chumbo aponta órgãos públicos que dificultam acesso a informações e acende alerta sobre opacidade no estado

Porto Velho, RO – O Governo de Rondônia entrou na lista de destaques negativos do Prêmio Cadeado de Chumbo 2025, que reúne órgãos públicos apontados por práticas que dificultam o acesso à informação no país. A menção ocorreu após o estado concentrar 51,2% dos votos na categoria dedicada a ações que enfraquecem o controle social e comprometem a transparência pública.

Realizada pelo Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas e pela Rede pela Transparência e Participação Social (RETPS), a premiação funciona como um termômetro anual sobre o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) por gestores públicos. Mesmo após mais de uma década de vigência da legislação, o levantamento mostra que ainda há resistência de diversas instituições em divulgar dados, responder solicitações e atualizar plataformas oficiais.

Rondônia sob atenção nacional

A menção honrosa negativa indica que o estado tem apresentado dificuldades recorrentes na gestão da transparência. Entre os problemas identificados estão respostas incompletas, atrasos frequentes, negativas sem justificativa e falta de atualização em portais oficiais — situações que limitam a atuação de cidadãos, jornalistas e organizações que dependem de dados públicos para fiscalizar políticas governamentais.

Segundo os organizadores, as indicações passaram por triagem nacional com base em denúncias e exemplos enviados por usuários da LAI. Embora Rondônia não tenha vencido nenhuma categoria principal, a presença do estado no ranking mostra que as falhas no atendimento permanecem relevantes e preocupantes.

Casos que marcaram o ranking 2025

O prêmio também destacou episódios emblemáticos de má gestão da transparência em outras regiões do país. Entre eles:

Prefeitura de São Sebastião (SP) – Ganhou múltiplas categorias por repassar pedidos entre setores e apresentar respostas desconexas ou sem fundamento.

Metrô do Distrito Federal – Vencedor da categoria “E o vento levou”, após alegar repetidas vezes que documentos “não existiam” ou haviam “desaparecido”.

Secretaria de Saúde de São Paulo e Prefeitura de Osasco – Apontadas pela categoria “Lero-lero”, por enviarem respostas vagas, sem clareza ou sem relação com o solicitado.

Câmara Municipal de Salvador – Ganhou na categoria “Não fale conosco”, reservada a órgãos que simplesmente não respondem aos pedidos de informação.

Os organizadores afirmam que o ranking funciona como um “espelho público”, evidenciando práticas que ainda carecem de responsabilização e controle administrativo.

Transparência: um direito, não uma opção

A divulgação dos resultados reforça a necessidade de que órgãos públicos adotem procedimentos mais eficientes e respeitem os prazos previstos em lei. Para entidades que atuam em defesa da transparência, condutas que restringem o acesso à informação prejudicam o acompanhamento de políticas públicas e fragilizam a confiança da sociedade.

No caso de Rondônia, a menção negativa funciona como um alerta para revisão de protocolos internos, melhoria nos portais oficiais e fortalecimento de práticas de transparência ativa e passiva.


da redação FM

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