Deputado pressiona investigados e aponta prejuízos a vítimas da CPMI do INSS.
A CPMI do INSS ouviu, nesta terça-feira, o empresário João Carlos Camargo Júnior e a presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB), Cecília Rodrigues Mota. O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) cobrou esclarecimentos sobre suspeitas de desvio de aposentadorias e destacou que milhares de beneficiários seguem com descontos indevidos em consignados não contratados.
Durante a sessão, Chrisóstomo afirmou que Camargo entrou no centro das investigações após documentos do Coaf indicarem movimentações milionárias, que, segundo o parlamentar, teriam alcançado R$ 24 milhões. O deputado criticou o silêncio do investigado, que se recusou a responder às perguntas da Comissão.
O parlamentar também questionou a origem dos recursos e citou informações sobre a empresa mencionada no relatório, relacionando gastos de luxo — como serviços de alfaiataria — aos prejuízos sofridos por aposentados. Para ele, o caso envolve vítimas com renda limitada que tiveram descontos em folha sem autorização.
Chrisóstomo mencionou situações ocorridas em Rondônia, incluindo o caso de dona Sílvia, moradora de São Francisco do Guaporé, que teve parcelas de R$ 183 e R$ 134 descontadas sem conhecimento da dívida. Segundo ele, episódios como esse revelam o impacto do esquema em pessoas vulneráveis de várias regiões do país.
O deputado afirmou que a população rondoniense acompanha de perto a CPMI. Disse ter ouvido relatos durante agendas em Costa Marques, Forte Príncipe da Beira e São Francisco do Guaporé, onde moradores demonstraram preocupação com o andamento das investigações. Para o parlamentar, a Comissão cumpre papel essencial ao expor fraudes que atingiram aposentados e pensionistas.
Chrisóstomo agradeceu ainda ao líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, por representá-lo na sessão anterior, destacando o apoio ao trabalho desenvolvido em defesa dos idosos prejudicados.
A CPMI segue ouvindo investigados e testemunhas. Até agora, parlamentares apontam que quase 20 pessoas já foram presas nas operações relacionadas ao caso. A Comissão continuará analisando documentos do Coaf, da Polícia Federal e do INSS para avançar na apuração.
Por Assessoria - 50
da redação FM