“Não dá para discutir carro elétrico na COP30 se 45% da África não tem luz”

“Não dá para discutir carro elétrico na COP30 se 45% da África não tem luz”

 Declaração foi feita por diplomata da Tanzânia, Richard Muyungi


Richard Muyungi Foto: Frame de vídeo / YouTube / UN Climate Change

Diretor da Grupo de Negociadores Africanos (ANG) e diplomata da Tanzânia, Richard Muyungi afirmou que o continente africano não tem condições de discutir à transição energética e adesão a carros elétricos durante a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025) porque quase 45% da população africana sequer possui acesso à eletricidade.

O uso de energias renováveis da transição energética a redução de emissões, a adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático (especialmente para países em desenvolvimento), energias renováveis, a preservação da biodiversidade e florestas, e a justiça climática.

– Não podemos discutir na COP a transição energética justa só em termos de hidrogênio verde, renováveis, carros elétricos, todas essas questões importantes. O continente africano não pode falar sobre carros elétricos enquanto não tem eletricidade para dirigir esses carros – declarou ele à Folha de S.Paulo.

De acordo com informações da ONU, 685 milhões de pessoas não possui acesso à luz. Grande parte dessas pessoas se encontram na área subsaariana.

Muyungi foi um dos principais críticos da escolha de Belém, capital do Pará, para sediar a COP30, em razão dos preços elevados de hospedagem. Ele e outras dezenas de negociadores encaminharam uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para transferir o evento para outra região.

O chefe do Executivo brasileiro, contudo, negou a ideia, afirmando que criaria medidas para solucionar o problema das hospedagens. Muyungi considera, contudo, que só uma parte dos desafios foi resolvida.

– Estamos cientes de que o governo está trabalhando para a disponibilidade dos quartos, mas para mim, não se trata apenas da participação dos negociadores. Trata-se da juventude, da mídia, dos povos indígenas, do setor privado da África. Todas essas pessoas devem participar – declarou.



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