Foto: Reprodução/Assessoria de Comunicação Institucional-Tj-Ro
Porto Velho, Rondônia – No mês de agosto, dedicado ao enfrentamento da violência contra a mulher, o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), por meio da Coordenadoria da Mulher, desenvolveu uma série de atividades alusivas ao Agosto Lilás. A programação integra também a Semana da Justiça pela Paz em Casa, proposta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada entre os dias 18 e 22 de agosto, com adesão de tribunais de todo o país.
Entre as ações, esteve o Cine-Reflexão, atividade voltada para autores de violência doméstica que são encaminhados judicialmente a grupos reflexivos e responsabilizantes. A proposta utiliza a exibição de filmes com temáticas relacionadas à violência de gênero como ponto de partida para debates conduzidos por profissionais do núcleo psicossocial da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Debate sobre o ciclo da violência
Após cada sessão, os participantes discutem questões como o ciclo da violência familiar, os impactos das agressões no cotidiano das vítimas e os comportamentos machistas, sexistas e patriarcais que frequentemente motivam episódios de violência. De acordo com o TJRO, a metodologia tem se mostrado eficaz na prevenção da reincidência, já que os índices de retorno à prática de agressões são baixos entre os homens que participam do programa.
As personagens retratadas nos filmes também despertam reflexões pessoais, funcionando como gatilhos para o reconhecimento de condutas abusivas e, consequentemente, para mudanças de comportamento.
Público atendido
As sessões ocorreram no auditório do Fórum Geral de Porto Velho nos dias 18, 20 e 21 de agosto. O público contemplou homens encaminhados pelo Projeto Abraço e pelo Projeto Semeadura – este último direcionado a autores de violência que fazem uso problemático de álcool ou outras drogas. Mulheres vítimas de violência também participaram voluntariamente da iniciativa.
Conscientização social
Segundo a Coordenadoria da Mulher, atividades como o Cine-Reflexão não apenas cumprem função pedagógica e preventiva, mas também reforçam a importância de uma nova mentalidade social baseada na igualdade de gênero, no respeito e nos direitos humanos.
A iniciativa integra as ações de divulgação e sensibilização previstas pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que em 2025 completa 19 anos de vigência.
da redação FM