“Ou nós agimos ou o Planeta corre risco”.
Foto: Ricardo Stuckert.
Bastante aplaudido durante seu discurso na Conferência dos Oceanos, ocorrido neste domingo (8) em Mônaco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferiu mais um discurso de alerta voltado para as autoridades mundiais. A fala de Lula refere-se aos encontros que já participou ao longo de seus três mandatos, mas que poucos, de fato, se traduziram em efetividade.
Para Lula, o planeta Terra já está no limite. Ao declarar isso, o presidente brasileiro deu um puxão de orelhas nos presentes, voltando a afirmar que não adianta criar projetos se nenhum deles se transforma em prática. “O Planeta não aguenta mais promessas não cumpridas. Não existe saída isolada para os desafios que requerem ação coletiva: Ou nós agimos ou o Planeta corre risco”, disse.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, esteve presente com o Lula. Em seu Instagram, Silva informou que o “oceano move mais de 80% do comércio global, abriga biodiversidade essencial, regula o clima e sustenta comunidades inteiras — mas continua sendo negligenciado nos orçamentos internacionais”. Silva continuou: “O ODS 14 — que trata da conservação e uso sustentável dos recursos marinhos — é um dos menos financiados da Agenda 2030”.
Diante do uso e do pouco cuidado, Marina Silva, declarou que falta compromisso. “O déficit para sua implementação é de 150 bilhões de dólares por ano. Em 2024, os países ricos reduziram em 7% a Assistência Oficial ao Desenvolvimento. Suas despesas militares, em contrapartida, cresceram 9,4%. Isso revela uma dura verdade: não falta dinheiro. Falta compromisso”.
Silva, aprofunda o seu pensamento com base no que a ciência já comprovou. “A ciência já comprovou que estamos vivendo uma crise climática e já nos mostrou o que causa essa crise. Por isso, todos – países, governos, empresas e sociedade – temos o dever de agir, de forma conjunta, para colocar em prática as soluções que já conhecemos para combater essa crise, mitigando seus efeitos, nos adaptando e, principalmente, transformando nossos modos de vida e de produção. Ainda que as consequências atinjam, à primeira vista, e com mais intensidade, os vulneráveis e mais pobres, os desafios ambientais que enfrentamos por causa da mudança do clima, uma hora ou outra, atingirá toda a humanidade”, finaliza.
Por Emerson Barbosa | News Rondônia
da redação FM