Estudante goiana Sarah Gomes em Harvard. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Porto Velho, Rondônia - A brasileira Sarah Borges, natural de Goiás, entrou para a história da Universidade de Harvard ao conquistar a mais alta média geral da turma de 2025, formada por 1.960 estudantes de 94 países. Esta é a primeira vez em 400 anos de existência da instituição norte-americana que uma brasileira — e, mais amplamente, uma latino-americana — recebe tal distinção.
Graduada na área de Psicologia com bolsa integral, Sarah foi oficialmente premiada por seu desempenho acadêmico, destacando-se não apenas pelas notas, mas também pela contribuição científica e social de sua pesquisa. Seu trabalho é focado no desenvolvimento de estratégias para ampliar o acesso à saúde mental infantil no Brasil, com base em evidências, escalabilidade e impacto em políticas públicas.
Reconhecimento internacional
A relevância de sua pesquisa ultrapassou os muros da universidade norte-americana. A Gates Cambridge, fundação vinculada à Universidade de Cambridge, no Reino Unido, também destacou a trajetória da jovem brasileira, classificando-a como uma cientista comprometida com a transformação dos sistemas de saúde mental para crianças em situação de vulnerabilidade.
Em entrevista à fundação britânica, Sarah explicou o propósito de sua atuação:
“Meu objetivo é ajudar a construir sistemas que realmente funcionem para crianças em risco.”
Um marco acadêmico e social
O feito de Sarah Borges não é apenas um marco para a educação brasileira, mas um símbolo do potencial transformador da ciência desenvolvida por pesquisadores do Sul Global. Em um cenário de desigualdades históricas no acesso à educação e à pesquisa, sua conquista lança luz sobre a importância do investimento em talentos nacionais e na internacionalização do conhecimento científico com retorno social.
Além da excelência acadêmica, a brasileira tornou-se referência pelo seu engajamento social e por representar uma geração de cientistas preocupada com a equidade no acesso aos serviços de saúde mental, especialmente para crianças em contextos de pobreza, violência e negligência institucional.
Futuro promissor
Com convites para seguir pesquisas em universidades como Cambridge e MIT, Sarah pretende manter o foco em soluções práticas que possam ser aplicadas diretamente em políticas públicas no Brasil. A cientista enfatiza que pretende retornar ao país para contribuir com a implementação de modelos eficazes no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando a rede de apoio psicológico às crianças em risco.
da redação FM