Crescimento sustentável da cultura impulsiona renda no campo e projeta Rondônia como referência na produção de cacau na Amazônia

Dados do setor agropecuário indicam que Rondônia conta atualmente com milhares de hectares dedicados ao cultivo do cacau, concentrados principalmente nas regiões da Zona da Mata, Vale do Guaporé e Cone Sul. A produção anual, que já ultrapassa dezenas de milhares de toneladas, tem crescido de forma contínua, acompanhada por investimentos em clones mais resistentes, manejo sustentável e sistemas agroflorestais, que integram o cacaueiro a espécies nativas e outras culturas agrícolas.
O modelo de produção adotado no estado tem chamado atenção por aliar rentabilidade e preservação ambiental. Em muitas propriedades, o cacau é cultivado à sombra de árvores, contribuindo para a recuperação de áreas degradadas e para a manutenção da biodiversidade. Esse diferencial tem aberto portas para nichos de mercado que valorizam produtos de origem sustentável e com rastreabilidade.
A perspectiva para os próximos anos é de expansão. Projeções técnicas apontam que, mantido o ritmo atual de crescimento e a adesão de novos produtores, Rondônia pode registrar um aumento de até 40% na produção de cacau até 2030. A estimativa leva em conta a entrada de novas áreas em produção, a melhoria genética das plantas e a qualificação da mão de obra no campo, com apoio de programas de assistência técnica e extensão rural.
Além do impacto econômico direto, a cadeia do cacau tem fortalecido a agricultura familiar e gerado empregos no meio rural, desde o plantio até o beneficiamento das amêndoas. Cooperativas e associações locais também têm ganhado protagonismo, facilitando o acesso a mercados mais exigentes e agregando valor ao produto rondoniense.
Com clima favorável, conhecimento técnico em expansão e mercado aquecido, o cacau desponta como uma das culturas com maior potencial de crescimento em Rondônia. A expectativa é que, nos próximos anos, o estado não apenas amplie sua participação no cenário nacional, mas também conquiste espaço no mercado internacional, consolidando o cacau como um símbolo de desenvolvimento sustentável na Amazônia.


Postar um comentário