Marcos Rocha decide concluir mandato e Luana Rocha fica fora das eleições de 2026
Flor do Mamoré0
O governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), decidiu concluir integralmente seu mandato até o final de 2026 e não disputar nenhum cargo eletivo nas próximas eleições, incluindo uma possível candidatura ao Senado Federal. A decisão foi comunicada a secretários e aliados políticos durante um encontro realizado em Porto Velho.
Nos bastidores da política rondoniense, havia forte expectativa de que o governador renunciaria ao cargo em abril de 2026, prazo legal para quem pretende disputar outro mandato eletivo. No entanto, Marcos Rocha optou por permanecer no comando do Executivo estadual até o último dia de governo, encerrando especulações que vinham se intensificando nos últimos meses.
Durante a reunião, o governador também confirmou que a primeira-dama, Luana Rocha, não será candidata nas eleições de 2026. O nome dela vinha sendo cogitado para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, mas a possibilidade foi oficialmente descartada.
A decisão surpreendeu parte das lideranças políticas presentes e altera o cenário eleitoral em Rondônia, especialmente dentro da base governista, que agora precisa reorganizar estratégias e definir novos nomes para a sucessão estadual.
Com Marcos Rocha fora da disputa, novas lideranças passam a ganhar força. Entre os nomes citados nos bastidores estão o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, o senador Marcos Rogério e o prefeito de Vilhena, Flori, que aparecem como possíveis pré-candidatos ao Governo do Estado em 2026.
A definição antecipada do governador traz previsibilidade ao processo político, mas também inaugura um período de intensas articulações nos próximos meses, à medida que grupos políticos buscam consolidar alianças e fortalecer projetos eleitorais.
Opinião do jornalista
Genivaldo Oliveira
A decisão do governador Marcos Rocha de concluir o mandato até o fim e se retirar do processo eleitoral de 2026 muda, de forma direta, o tabuleiro político de Rondônia. Ao abrir mão de uma candidatura ao Senado, o governador demonstra preferência pela estabilidade administrativa, ainda que isso frustre expectativas de aliados que já trabalhavam com outro cenário.
Do ponto de vista institucional, permanecer no cargo até o último dia garante continuidade e evita disputas internas antecipadas dentro do próprio governo. Politicamente, porém, a escolha cria um vácuo de liderança na sucessão estadual, obrigando a base governista a se reorganizar sem o respaldo direto de uma candidatura majoritária do atual chefe do Executivo.
A confirmação de que Luana Rocha também ficará fora das eleições reforça a leitura de que o grupo optou por reduzir o protagonismo eleitoral em 2026. Isso enfraquece especulações sobre projetos familiares de poder e abre espaço para o surgimento de novas lideranças no estado.
Com esse movimento, Rondônia entra em uma nova fase de reorganização política. Prefeitos e parlamentares ganham mais visibilidade, e o jogo sucessório fica aberto. Quem souber interpretar o momento, dialogar com a população e construir alianças sólidas poderá sair na frente na disputa de 2026.
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