Correios apresenta primeira fase do plano de reestruturação para garantir sustentabilidade

Correios apresenta primeira fase do plano de reestruturação para garantir sustentabilidade

 Medidas anunciadas visam modernizar a estatal, cortar despesas, diversificar receitas e buscar nova operação de crédito.

       
Foto - Correios

Os Correios apresentaram nesta quarta-feira (15), durante coletiva de imprensa realizada na sede da estatal, a primeira fase do plano de reestruturação operacional e financeira da empresa. As medidas foram elaboradas com base em uma análise detalhada do balanço financeiro, conduzida nos primeiros dias da gestão do presidente Emmanoel Rondon.

O plano é composto por três grupos principais de medidas:

  1. Corte de despesas operacionais e administrativas;
  2. Diversificação de receitas, com foco na recuperação da capacidade de geração de caixa;
  3. Recuperação da liquidez, para retomar a competitividade e garantir estabilidade nas relações com empregados, clientes e fornecedores.

Ações de corte e otimização de custos

Entre as ações iniciais, os Correios lançarão um novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV), com abrangência ampliada. Um diagnóstico da força de trabalho identificará setores ou regiões com desempenho insatisfatório, permitindo a adesão de empregados nessas áreas ao programa, reduzindo a pressão sobre a folha de pagamento.

Além disso, está previsto um programa de desinvestimento de ativos ociosos, com a venda de imóveis sem uso operacional. A medida visa gerar entrada de capital e reduzir custos com manutenção. Também haverá renegociação de contratos com grandes fornecedores, buscando condições mais vantajosas sem comprometer a segurança jurídica das operações.

Diversificação de receitas e novas fontes de recursos

No segundo bloco de medidas, a estatal pretende reaproximar-se de grandes clientes e explorar novas oportunidades de negócios, com base em modelos internacionais de serviços logísticos e financeiros.

terceira medida do plano prevê a busca por aumento imediato da liquidez da empresa. Para isso, os Correios pretendem realizar uma operação de crédito no valor de R$ 20 bilhões, com o objetivo de cobrir as necessidades de caixa de 2025 e 2026, período em que as demais ações devem começar a gerar resultados.

O financiamento será estruturado por meio de um consórcio de bancos, modelo em que várias instituições financeiras atuam em conjunto para viabilizar o capital, de acordo com as condições atuais do mercado.

Estamos optando por uma operação que os Correios conseguem suportar, à luz dos resultados que esse pacote de reestruturação vai começar a produzir, com técnica e responsabilidade. O setor postal enfrenta desafios no mundo inteiro, mas o caminho é o mesmo em todos os países que conseguiram reagir: gestão e eficiência”, afirmou Emmanoel Rondon, presidente da estatal.

Conselho de Administração já deu o aval inicial para o início das negociações, seguindo as regras de governança das estatais. Segundo Rondon, todas as sinalizações do mercado são positivas quanto à captação de recursos, indicando confiança na sustentabilidade do plano.

Ainda não se pode especular quanto aos detalhes dessa operação. Mas todas as sinalizações que temos recebido do mercado vão no sentido de que o programa assegura que a captação ocorrerá dentro dos interesses da empresa”, destacou o executivo.

Modernização e compromisso com o país

Os Correios reforçaram que seguem firmes em seu propósito de servir ao Brasil com excelência, conectando empresas e pessoas em todo o território nacional, com inovação, transparência e responsabilidade.

da redação FM

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