Alero convoca secretário para explicar crise na saúde pública de Rondônia

Alero convoca secretário para explicar crise na saúde pública de Rondônia

 

        Comissão cobra soluções para filas de exames, atrasos no Heuro, precariedade do João Paulo II e falta de estrutura no atendimento. // Parlamentares durante sessão legislativa (Foto: Arquivo I Secom ALE/RO)


Porto Velho, Rondônia - Nesta terça-feira (9), a Comissão Geral de Saúde da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) convocou o secretário estadual de Saúde, Jeferson Rocha, para prestar esclarecimentos sobre a grave situação da saúde pública no estado. A reunião, realizada no plenário da Casa, foi marcada por intensos debates, cobranças dos parlamentares e relatos preocupantes sobre a precariedade do atendimento à população.

Entre os principais temas abordados, destacaram-se os atrasos na construção do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Heuro), as condições críticas do Hospital João Paulo II, principal referência de urgência e emergência na capital, e a demora na realização de exames de alta complexidade, que tem prejudicado milhares de rondonienses que aguardam diagnóstico e tratamento.

Fila para exames de ressonância preocupa parlamentares

A deputada Dra. Taíssa (Podemos) levantou um dos pontos mais sensíveis da reunião: a demora na realização de exames de ressonância magnética. Segundo a parlamentar, mais de 11 mil pacientes aguardam na fila para conseguir o procedimento, número considerado alarmante.

“Não podemos admitir que milhares de pessoas fiquem à mercê da própria sorte. São pacientes que precisam de um diagnóstico rápido para iniciar o tratamento e muitas vezes acabam agravando o quadro clínico por falta de acesso. Isso é desumano”, afirmou a deputada.

Em resposta, o secretário Jeferson Rocha reconheceu a gravidade da situação e detalhou o cenário atual. De acordo com ele, Rondônia conta com cinco redes credenciadas para a realização do exame, mas a oferta ainda é insuficiente. Atualmente, são disponibilizadas apenas 15 vagas por dia, sendo que somente uma das unidades credenciadas opera 24 horas com atendimento exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Sabemos que a fila é grande e estamos buscando alternativas. Estamos estudando a ampliação de credenciamentos, a aquisição de novos equipamentos e o aumento da capacidade instalada para reduzir esse gargalo”, declarou o secretário.

Hospital João Paulo II segue em situação crítica

Outro ponto amplamente debatido foi a situação do Hospital João Paulo II, em Porto Velho. Os deputados relataram problemas como superlotação constante, falta de leitos, escassez de profissionais e condições estruturais precárias, o que compromete a qualidade do atendimento.

Parlamentares destacaram que a unidade, que deveria ser referência em casos de urgência e emergência, tem operado acima da capacidade e sem a estrutura necessária para atender a demanda crescente.

“O João Paulo II está no limite. Pacientes em macas nos corredores, falta de medicamentos e demora para atendimentos básicos. Precisamos de uma resposta imediata da Sesau”, cobrou um dos deputados presentes.

Comissão promete fiscalizar de perto

Ao final da reunião, a Comissão Geral de Saúde anunciou que continuará acompanhando de forma rigorosa as ações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

“Não vamos permitir que a população continue sofrendo. Vamos cobrar soluções, exigir transparência e acompanhar cada passo do governo na gestão da saúde pública”, afirmou a deputada Dra. Taíssa.


da redação FM 

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