Motta tenta driblar oposição, mas auditório também é ocupado
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A sessão seria realizada no segundo espaço da Câmara, mas a oposição conseguiu impedir
Deputados ocupam o Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados Foto: Instagram @sostenescavalcante
Para dar continuidade às sessões diante da ocupação do plenário, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou, nesta quarta-feira (6), transferir os trabalhos para o auditório Nereu Ramos. No entanto, deputados da oposição se anteciparam e também ocuparam o local.
Desde terça (5), parlamentares oposicionistas estão obstruindo os trabalhos no Congresso. Eles ocupam a Mesa Diretora da Câmara, o que impede a abertura do plenário para votação de matérias.
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) denunciou, em suas redes sociais, que foi impedido de entrar no auditório e, quando furou o bloqueio dos seguranças, foi impedido de deixar o espaço. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também gravou vídeos para mostrar o momento quando ele e outros deputados conseguem passar pelos seguranças que tentavam impedir que eles ocupassem o espaço.
Mais de dez deputados agora se revezam no auditório para impedir que a reunião da Câmara seja realizada ali. Assim, tanto o plenário da Casa de Leis, quanto o auditório estão ocupados pela oposição.
Nesta terça, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) tentou fazer a mesma manobra, para levar a sessão para o auditório Petrônio Portela. Quando a notícia se espalhou entre os senadores, um grupo foi até o local e também ocupou a Mesa, impedindo assim o início dos trabalhos.
Parlamentares da oposição anunciaram nesta terça, em frente ao Congresso Nacional, que vão obstruir todas as votações da Câmara e do Senado até que os presidentes das duas Casas coloquem em pauta o chamado “Pacote de Paz”.
A proposta reúne três medidas defendidas pelos oposicionistas: o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, a anistia ampla aos réus dos atos de 8 de janeiro de 2023 e a aprovação da PEC que acaba com o foro privilegiado em casos de crime comum. Para os parlamentares, o pacote é essencial para “pacificar o país”, restaurar o equilíbrio entre os Poderes e garantir a liberdade de atuação do Congresso.
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