Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, foi levado à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o maior presídio de Roraima — Foto: Reprodução e Caíque Rodrigues/g1 RR
Porto Velho, Rondônia - O empresário rondoniense Bruno Mendes de Jesus segue preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, após ser detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com 103 kg de ouro avaliados em R$ 61 milhões, a maior apreensão do tipo já registrada no país. A prisão ocorreu em Boa Vista (RR), quando Bruno dirigia uma Hilux 2024 com a esposa e o filho de 9 meses, na altura da ponte dos Macuxis, na BR-401.
Durante a abordagem, os agentes da PRF localizaram as barras de ouro escondidas em compartimentos do veículo, incluindo o painel. A defesa do empresário entrou com pedidos de liberdade provisória e habeas corpus, alegando que a prisão foi decretada unicamente pelo fato de Bruno ter permanecido em silêncio sobre a origem e destino do ouro, o que, segundo os advogados, seria ilegal.
No entanto, o juiz responsável manteve a prisão preventiva, argumentando que o caso envolve alto valor financeiro, risco de participação em organizações criminosas e a necessidade de garantir a integridade da investigação. A defesa ainda afirmou que Bruno atua no setor mineral como forma de sustento da família, setor que, segundo eles, representa uma alternativa de subsistência em áreas de tensão regulatória.
Essa foi a terceira tentativa de liberdade negada pelo Poder Judiciário. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) avaliaram os pedidos, destacando que não há elementos excepcionais que justifiquem a concessão antecipada da liberdade. O desembargador Marcus Vinicius Reis Bastos reforçou que a prisão preventiva se mantém para evitar a prática de novos crimes.
O caso segue em investigação, e a prisão preventiva de Bruno permanece em vigor enquanto as autoridades apuram detalhes sobre a origem e destino do ouro apreendido.
da redação FM