Michele Dahiane organizou desvio de milhões de reais em hospitais na compra de marmitex

Michele Dahiane organizou desvio de milhões de reais em hospitais na compra de marmitex

 

O Grupo Caleche apresentou atestado falso, dizendo que entregava quase 5 mil refeições por mês em uma clínica de estética, onde raramente fica alguém internado


A empresa Unops recebeu R$ 10,8 milhões adiantados antes de começar a servir as marmitas, antes mesmo de o valor ter sido empenhado. Pressa em receber a propina?

Documentos mostram um esquema de R$ 500 mil por mês montado pela ex-secretária executiva da Sesau, Michele Dahiane Dutra. O dinheiro desviado da saúde, segundo dizem, iria para a conta do ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves. Daiane teria articulado o esquema quando era coordenadora do financeiro da Sesau, antes de Júnior Gonçalves instituir o cargo de secretário executivo.

No mesmo dia em que foi postada no Diário Oficial a exoneração de Michele, também foi postada a instalação de uma investigação sobre as atitudes dela como secretária executiva da Sesau.


Para montar o esquema de desvio de R$ 500 mil por mês, primeiro Michele tirou o contrato da empresa que fornecia alimentação para o Hospital de Base e Hospital Infantil Cosme e Damião. A empresa recebia R$ 1,3 milhão por mês, e além de café da manhã, almoço e jantar, fornecia para os funcionários água, café, leite e lanche.

A intenção era entregar o contrato para o Grupo Caleche. Não deu certo porque a Caleche apresentou uma certificação falsa. Para participar da licitação, era preciso mostrar que já tinha experiência em fornecer alimentação.


O Grupo Caleche alegou que entregava quase cinco mil refeições por mês em uma clínica de estética. Vale lembrar que pouca gente fica internada na clínica, que tem poucos funcionários. Abordado, Ronaldo Caleche alegou que não tinha as notas fiscais do fornecimento de alimentação, porque seria uma troca de serviços. A esposa dele era tratada na clínica e ele pagava com marmitex. Olhem… o que ele alega ter entregue de marmita dava para montar umas cinco esposas reborns na tal clínica.


Então Michele resolveu contratar a empresa Escritório das Nações Unidas (Unops), por R$ 10,8 milhões durante um período de seis meses. Esse valor, dividido por seis, resulta em R$ 1,8 milhões, ou R$ 500 mil a mais do que estava sendo pago à empresa anterior. Esse dinheiro, segundo se diz, iria para o verdadeiro chefe de Michele Dutra, o ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves.


Michele conseguiu algo praticamente inédito na administração pública. Ela pagou os R$ 10,8 milhões adiantados para a Unops, no dia 25 no dia 25 de junho, antes que a empresa iniciasse qualquer serviço, como pode ser visto na ordem de pagamento acima. Na certa a Sesau tinha dinheiro em caixa, pois Michele fez o empenho do dinheiro somente no dia 29 de junho, quatro dias após ter pago o valor. Seria pressa em receber a propina?



Depois disso a Unops contratou o Grupo Caleche, aquele do atestado falso, para fornecer a alimentação. O Grupo Caleche cortou a água, o lanche, o leite e o cafezinho dos funcionários, para aumentar o lucro.

Uma ideia para a Polícia: coloquem as algemas na Michele que ele conta quem é que articulava esse esquema.

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