A ex-secretária executiva gritou que foi induzida a erro. A ex-assessora disse que só fez o que Michele mandou
Michele saiu ameaçando entregar todo mundo, e depois disse que no início do ano que vem volta à Sesau para ´pegar´ todo mundo
No dia seguinte à exoneração, a ex-secretária executiva da Sesau, Michele Dahiane Dutra, foi até o CPA mas não conseguiu mais acessar o Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Aparentando desequilíbrio, ela resolveu aloprar uma ex-assessora dela na Sesau. Aos gritos, disse que tinha sido induzida a erro.
A ex-assessora de Michele, que ainda trabalha na Sesau, respondeu de maneira firme que tudo o que fez foi por ordem da própria ex-secretária executiva. Michele, tida como extremamente arrogante, prepotente e “boca suja”, passou a proferir ameaças, dizendo inicialmente que iria “entregar todo mundo”.
Depois, Michele saiu da secretaria dizendo que no início do próximo ano voltaria ao cargo, pois o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) assumiria o governo e a nomearia de volta.
O desespero parece ter tomado conta de Michele porque o acesso dela ao SEI foi retirado imediatamente após a publicação de sua exoneração no Diário Oficial. Foi publicada, também, a abertura do processo de investigação sobre os atos dela enquanto secretária executiva.
Na Sesau praticamente todo mundo sabe que Michele conduzia os contratos de forma fraudulenta, prejudicando prestadores de serviço para retirar deles os contratos obtidos em licitações e repassar para a Inao, empresa ligada ao ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves.
Michele inabilitou empresas, perseguiu empresários e servidores que ousaram não seguir as ordens dela. Isso também é voz corrente na Sesau.
Quanto a voltar ao cargo, talvez seja um pouco difícil, pois na Sesau já circula a informação de que ela deverá ser presa por conta das falcatruas. Dizem que, assim que for algemada, ela contará quem articulava as operações na qual ela se envolveu.
A servidora que discutiu com Michele passou o dia tirando cópias de processos do SEI, para poder se defender, se for preciso. A servidora sabe que, se também for exonerada, perde de imediato o acesso ao sistema, da mesma forma que aconteceu com a ex-secretária executiva.
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