Cientistas revelam o verdadeiro gatilho da intolerância ao glúten

Cientistas revelam o verdadeiro gatilho da intolerância ao glúten

 

Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

A comunidade científica tem motivos para celebrar! Uma recente descoberta pode revolucionar o tratamento de pacientes com doença celíaca. Pesquisadores identificaram como e onde a resposta ao glúten começa, revelando que certas células desempenham um papel maior do que se pensava anteriormente.

A pesquisa, publicada na revista Gastroenterology, trouxe novas esperanças para quem sofre desta condição autoimune, que atualmente só pode ser administrada através de uma dieta rigorosa sem glúten.

Como ocorre a reação ao glúten?

A doença celíaca, assim como outras doenças autoimunes, acontece quando o corpo desenvolve uma resposta imune contra uma substância inofensiva – no caso, o glúten. Esta proteína, presente em muitos grãos de cereais, desencadeia uma série de sintomas desagradáveis em indivíduos predispostos.

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Até então, acreditava-se que apenas as células imunológicas estivessem envolvidas na resposta ao glúten. No entanto, estudos em camundongos e organoides cultivados em laboratório mostraram que as células epiteliais, que revestem o intestino superior, têm um papel crucial.

Os pesquisadores observaram que, na presença de glúten, as células epiteliais estimulam ativamente a liberação de células T CD4+. Essas células desempenham um papel de auxiliar, desencadeando uma resposta imunológica hiperativa que causa os sintomas clássicos da doença celíaca.

A equipe também descobriu que as células epiteliais enviam sinais mais fortes para as células imunes na presença de Pseudomonas aeruginosa, uma bactéria patogênica que não faz parte do microbioma humano saudável. Esse fator adicional pode ser um novo alvo para o desenvolvimento de medicamentos para tratar ou prevenir a doença.

Quais são os sintomas de intolerância ao glúten?

Os sintomas da intolerância ao glúten variam, mas geralmente incluem:

  • Excesso de gases
  • Barriga inchada
  • Diarreia ou prisão de ventre
  • Mal estar abdominal
  • Má absorção de vitaminas e minerais

O único tratamento comprovado até o momento é a adoção de uma dieta livre de glúten. Isso significa evitar alimentos como pães, cereais, bolos, pizzas e qualquer outro produto que contenha trigo, centeio, aveia e cevada.

Alternativas sem glúten para uma dieta saudável

Para aqueles que necessitam eliminar o glúten, o mercado oferece várias opções. Entre as alternativas de farinhas proibidas, podemos citar:

  • Fécula de batata
  • Farinha de milho
  • Amido de milho
  • Polvilho doce ou azedo
  • Farinha ou creme de arroz
  • Farinha de araruta
  • Fubá

De acordo com o Ministério da Saúde, a retirada do glúten da dieta pode resultar em uma recuperação total, proporcionando alívio completo dos sintomas da doença celíaca.

Esta nova descoberta oferece novas esperanças para tratamentos futuros, possibilitando que pacientes celíacos possam, no futuro, ter uma opção terapêutica além da dieta restritiva. Além disso, o teste para Pseudomonas aeruginosa pode se tornar uma ferramenta útil para identificar pacientes com maior risco de desenvolver a doença celíaca.

TBN

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