Por News Rondônia
Estudantes lutam pela inauguração do restaurante universitário que até o momento é um ‘elefante branco’.
O final da tarde desta quinta 23/11, estudantes do Campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir), resolveram por meio de uma manifestação cobrar a Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (Procea). No local, eles decidiram colocar em prática o que já tinham decidido no dia 21 deste mês, que era tomar a reitoria. Sem prazo para o final do manifesto, os responsáveis avisaram: só vão deixar o setor, quando o restaurante universitário estiver de fato funcionando.
Dotado de uma arquitetura moderna e arrojada, o prédio que vai abrigar o restaurante já foi construído, mas segue fechado. Enquanto isso, milhares de alunos que saem de casa cedo para estudar, precisam levar de casa a refeição, caso não queiram passar fome durante as aulas. “Eu moro em Candeias do Jamary, são 40 Km de segunda a sexta. Não tem como voltara para casa. O dinheiro é curto. Já passei em frente ao prédio do restaurante e imaginei: “como seria ótimo se já estivesse funcionado”, lamenta um aluno que pediu sigilo da sua identidade.
De portas fechadas, o restaurante coloca a Unir como uma das únicas universidades públicas do Brasil, deficitárias do benefício para os discentes. “É vergonhoso. Quanto tempo esse restaurante já deveria estar funcionando? A Unir faz pouco caso dos alunos. É triste”, lamentam um estudante que prefere ficar no anonimato.
No comunicado, o movimento explica que a paralisação seguirá por tempo indeterminado, até que a Pró-reitoria resolva dar uma solução. “Tomamos essa decisão por conta dos inúmeros abusos cometidos por esta pró-reitoria em relação à implementação de nosso restaurante universitário no campus de Porto Velho”, informa.
Ainda de acordo como aviso, os estudantes alegam que por diversas vezes solicitaram que a Procea divulgasse uma data para a abertura do restaurante universitário. A resposta, segundo os jovens era sempre um sonoro ‘não’. “Sempre fomos respondidos com “não podemos divulgar nenhuma informação porque o processo está ainda em sigilo”, os estudantes alegam que justamente no dia do manifesto, “o processo licitatório deixou de ser sigiloso sendo anunciado a abertura do RU para a última semana de aula”, denuncia.
Os acadêmicos demonstram resistência e falam que só vão deixar o prédio, “após a Procea firmar compromisso documentado com um prazo que, de fato, atenda às necessidades deles”, pontuam.
Os acadêmicos, também acenam para outras pautas:
- Prazo para abertura do restaurante universitário;
- Que os estudantes da pós-graduação sejam assistidos pela política de subsídios;
- Que façam parte da comissão que dialoga e fiscaliza o contrato do Restaurante Universitário com a empresa vencedora do processo licitatório.
Unir tem cenário de abandono.
O certo é que a Universidade Federal de Rondônia, não caminha no seu melhor momento. As instalações do prédio do Campus revelam a (inércia dos administradores). Pelos passeios, o aluno pode até sofrer um acidente com pisos se deteriorando, paralelepípedos soltos, pinturas em péssimas condições.
Quem percorre a BR-364, enxerga um campus carente de ajustes urgentes. Na semana passada, um hidrante explodiu, danificando ainda mais a estrutura. Por pouco, funcionários e alunos não se feriram. No acostamento que divide as instalações da Unir com a Br-364, o mato praticamente esconde a estética do prédio.
da redação FM Newsrondônia