Medida tenta inibir as emissões de metano, protagonista no crescimento do efeito estufa local, segundo as autoridades
De acordo com estimativas de pesquisadores, metade das emissões de gases da Nova Zelândia vem do agronegócio, principalmente o metano.
“Não há dúvida de que precisamos reduzir a quantidade de metano que estamos colocando na atmosfera, e um sistema eficaz de precificação de emissões para a agricultura vai desempenhar um papel fundamental em como conseguiremos isso”, disse James Shaw, ministro de Mudanças Climáticas da Nova Zelândia.
De acordo com a proposta, os agricultores terão de pagar por suas emissões de gases a partir de 2025. O plano também inclui incentivos para agricultores que reduzam as emissões por meio de aditivos alimentares e plantio de árvores nas fazendas.
O dinheiro arrecadado com o esquema vai ser investido em pesquisa e desenvolvimento de serviços para agricultores, informou o Ministério do Meio Ambiente do país.
Metano
O metano é o segundo gás de efeito estufa mais comum, depois do dióxido de carbono (CO2). É um dos mais potentes e responsável por um terço do aquecimento atual das atividades humanas.
Segundo pesquisadores, moléculas individuais de metano têm um efeito de aquecimento mais poderoso na atmosfera do que moléculas individuais de CO2.
Na conferência ambiental COP26, no ano passado, realizada na Escócia, os EUA e a União Europeia concordaram em reduzir as emissões do gás em 30% até 2030. Mais de cem países, incluindo a Nova Zelândia, também aderiram à iniciativa.