Presidente do TCE-RO apresenta teoria inédita em congresso internacional e defende gestão pública com propósito

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Presidente do TCE-RO apresenta teoria inédita em congresso internacional e defende gestão pública com propósito

 

         Presidente Wilber Coimbra apresenta o modelo CHAP durante o IV Congresso Internacional dos Tribunais de Contas, em Florianópolis - Foto reprodução Internet


Porto Velho, Rondônia - O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), Wilber Coimbra, apresentou ao mundo uma teoria inovadora que promete redefinir a gestão pública brasileira. Durante o IV Congresso Internacional dos Tribunais de Contas (CITC), realizado em Florianópolis (SC), ele expôs o modelo CHAP — Conhecimento, Habilidade, Atitude e Propósito, um avanço conceitual que rompe a lógica burocrática tradicional e reposiciona o controle externo como agente de educação e transformação social.

A teoria, inédita e desenvolvida pelo próprio Coimbra, amplia a conhecida tríade CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude) ao agregar o Propósito como elemento essencial da competência pública.

Do CHA ao CHAP: uma virada de chave na administração pública

Inspirado em pilares da Filosofia, Educação e Administração, o CHAP bebe de autores como Aristóteles, Hannah Arendt, Paulo Freire e Peter Drucker. O modelo defende que não basta saber, poder ou querer fazer — é preciso compreender o sentido da ação pública e o impacto que ela produz na vida das pessoas.

Durante a apresentação, Wilber Coimbra destacou que o propósito é o motor que dá sentido às instituições:

“Tudo na vida que não tem propósito não faz sentido. Um tribunal sem propósito, obviamente, não faz sentido.”

Segundo ele, enquanto o CHA consolida a competência sob uma lógica técnico-comportamental, o CHAP introduz a dimensão teleológica, orientada para fins e resultados que transformem realidades.

Controle que educa, gestão que transforma

O modelo CHAP já está em prática no TCE-RO. Iniciativas como o PAIC (Programa de Alfabetização na Idade Certa) e o FGE (Formação de Gestores Escolares) nasceram de auditorias operacionais e foram transformadas em políticas públicas de aprendizado, governança e impacto social.

Essa abordagem amplia o papel dos tribunais de contas: de órgãos exclusivamente fiscalizadores para instituições educadoras, capazes de induzir melhorias reais na gestão pública.

“Sem sentido, é árido, é desértico e não produz”, reforçou o presidente, defendendo um controle externo inovador e orientado à máxima efetividade dos princípios constitucionais.

De Rondônia para o mundo: teoria ganha reconhecimento internacional

A seleção da oficina apresentada no CITC coloca Rondônia como referência nacional e internacional na formulação de novos paradigmas para o controle público.

O modelo CHAP já resultou em um artigo científico — “Competência teleológica como paradigma de gestão: o modelo CHAP no Tribunal de Contas do Estado de Rondônia” — publicado em periódico qualis/CAPES A. Além disso, Wilber Coimbra prepara um livro que aprofundará a teoria e seu impacto na administração pública.

A iniciativa insere Rondônia no centro do debate global sobre gestão pública, trazendo para o cenário internacional uma contribuição genuinamente brasileira: transformar competência em propósito e gestão em legado social.


da redação FM

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