Megaoperação com mais de 200 policiais cumpre 98 ordens da Justiça contra organização criminosa ligada ao Comando Vermelho

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Megaoperação com mais de 200 policiais cumpre 98 ordens da Justiça contra organização criminosa ligada ao Comando Vermelho

 



A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (4) a Operação Descarrilho II, destinada a desarticular uma rede estruturada de tráfico de drogas e organização criminosa vinculada ao Comando Vermelho nas regiões de Rolim de Moura e Jaru.

Segundo o que foi apurado pela equipe responsável, a ação teve abrangência interestadual e cumpriu mandados em Rolim de Moura, Jaru, Ji-Paraná, Cacoal, Espigão do Oeste, Theobroma, Vale do Anari, Machadinho do Oeste e Campo Grande/MS, integrando a rede RenoRcrin do Ministério da Justiça.

A operação foi conduzida pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (2ª Draco), com apoio de unidades regionais e especializadas. Ao todo, mais de 200 policiais civis foram mobilizados para executar 98 medidas cautelares, entre elas 39 prisões preventivas, 30 mandados de busca domiciliar e 29 bloqueios de bens expedidos pela Justiça.

Em Rolim de Moura e municípios próximos, foram decretadas 24 prisões e 21 buscas domésticas. Em Jaru, outras 15 prisões e 9 buscas foram expedidas contra integrantes da facção envolvidos em incêndios criminosos a provedores de internet.

As investigações tiveram início a partir de um auto de prisão em flagrante envolvendo crimes de sequestro e cárcere privado cometidos por membros do Comando Vermelho contra duas pessoas que comercializavam drogas fora das regras da facção. A intervenção policial impediu que ambas fossem executadas.

O levantamento apontou existência de uma organização criminosa com divisão hierárquica definida, atuando no tráfico de drogas em vários municípios, com ordens vindas do núcleo central da facção no Rio de Janeiro/RJ. Entre as funções identificadas estão lideranças, gerentes locais e entregadores.

O grupo movimentava recursos por meio de lavagem de capitais, utilizando contas bancárias de terceiros — os chamados “laranjas”. Um grupo de WhatsApp denominado Diretoria Rolim de Moura era usado para coordenação de ações, com códigos de endereços e valores para entrega de entorpecentes.

As investigações também revelaram a existência de um “tribunal do crime” utilizado para julgar rivais e aplicar punições. Em Jaru, diversos ataques incendiários contra provedores teriam sido ordenados como forma de intimidação e represália contra empresários que se recusaram a pagar extorsão.

da redação FM

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