Levantamento da Superintendência Estadual do Indígena reúne dados sobre nove territórios e mais de 1.200 indígenas para orientar políticas públicas sustentáveis.
Fotos: Maria Beatriz Pereira
O Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental dos territórios e comunidades indígenas de Rondônia, desenvolvido pela Superintendência Estadual do Indígena (SI), será apresentado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30). A iniciativa reúne um amplo conjunto de dados voltados ao planejamento de políticas públicas integradas, com foco em sustentabilidade, desenvolvimento local e valorização dos povos originários.
O projeto contempla o levantamento de indicadores sociais e econômicos, o mapeamento de áreas prioritárias para conservação e bioeconomia, além da integração entre políticas públicas, cultura e meio ambiente. Também foram coletados pontos geográficos das comunidades e elaborados mapas temáticos que servirão de base para ações futuras.
Escuta direta e valorização das comunidades
Mais de 1.200 indígenas foram entrevistados em nove territórios, em um trabalho de campo que envolveu o diálogo direto com pessoas acima de 18 anos, representantes de suas famílias. Essa escuta tem permitido compreender com mais profundidade o modo de vida, os desafios e as potencialidades de cada povo.
Atualmente, os dados coletados passam por uma fase de organização e revisão em campo, com a sistematização de planilhas e mapas temáticos, o que permitirá à SI planejar ações mais precisas voltadas à qualidade de vida, proteção ambiental e fortalecimento das economias indígenas.
Governador destaca fortalecimento da Amazônia
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou que a participação do estado na COP30 reforça o compromisso com os povos da floresta e o desenvolvimento sustentável.
“O diagnóstico socioeconômico e ambiental é uma ferramenta estratégica para que possamos formular políticas públicas mais eficazes, que respeitem as tradições e promovam o desenvolvimento sustentável de todas as regiões do estado”, afirmou.
Fortalecimento da autonomia indígena
O superintendente Estadual do Indígena, Gasodá Suruí, destacou que o levantamento é um marco nas políticas voltadas aos povos indígenas de Rondônia.
“Estamos construindo conhecimento a partir da escuta direta das comunidades, valorizando suas perspectivas e fortalecendo sua autonomia na gestão dos territórios”, pontuou.
Desenvolvimento e conservação
Com o diagnóstico, o governo de Rondônia pretende integrar proteção ambiental e desenvolvimento econômico local, garantindo que as populações tradicionais sejam protagonistas no cuidado com a Amazônia. O objetivo é fortalecer direitos, ampliar a autonomia das comunidades e consolidar políticas públicas que transformem realidades de forma sustentável e inclusiva.
Por Maria Beatriz Pereira | Secom - 50
da redação FM
