O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor de Finanças e Controladoria, Dario Oswaldo Garcia Júnior, foram afastados temporariamente. A ação está relacionada à Operação Compliance Zero, que combate a emissão de títulos de créditos falsos.
© Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
A Justiça decretou o afastamento temporário de Paulo Henrique Costa, presidente do Banco BRB, e de Dario Oswaldo Garcia Júnior, diretor de Finanças e Controladoria da instituição. As sentenças foram expedidas no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18).
O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso na mesma operação.
Em nota, o banco estatal do Distrito Federal confirmou o afastamento de Costa e Júnior por ao menos 60 dias. A instituição garantiu que “seguirá operando normalmente, preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda sua estrutura operacional”.
Operação Compliance Zero
A Operação Compliance Zero é resultado de investigações iniciadas pela PF em 2024. A ação visa apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos por instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional.
As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Essas carteiras de crédito fraudulentas eram negociadas com outros bancos. Após a aprovação da contabilidade pelo Banco Central, os créditos e títulos de dívida eram substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.
O Banco Master é o principal alvo da investigação.
BRB e Banco Master
Em março deste ano, o BRB havia anunciado a intenção de comprar o Banco Master por R$ 2 bilhões. No entanto, em setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra.
O BRB afirmou em nota que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.
O Banco Master tornou-se conhecido por adotar uma política agressiva para captar recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI). Essas promessas de ganhos eram superiores às taxas médias para bancos pequenos.
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil - 20
da redação FM
