Presidente afirmou na Indonésia que lucro com combustíveis fósseis ajudará a Petrobras a se tornar uma empresa de energia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil irá utilizar os recursos obtidos a partir do petróleo para investir em sua transição energética. Segundo ele, é a grande quantidade de dinheiro gerada pelos combustíveis fósseis que permitirá à Petrobras deixar de ser uma empresa de petróleo e se transformar em uma empresa de energia.
A declaração foi dada na madrugada desta sexta-feira (24), pouco antes do presidente embarcar da Indonésia para a Malásia.
Questionado sobre a mensagem que passaria ao mundo, diante da exploração na Margem Equatorial e da COP30 em Belém, Lula ressaltou que o Brasil é um dos países com mais energia renovável.
“A gasolina brasileira utiliza 30% de etanol. Por isso, a nossa gasolina é mais pura que as outras. Nosso óleo diesel tem 20% de biodiesel. Por isso, ele é mais puro do que os outros”, disse o presidente.
Exploração da Margem Equatorial e expertise da Petrobras
Com relação à Margem Equatorial, Lula esclareceu que o que ocorreu foi apenas uma autorização para pesquisa na região. Ele destacou que há um longo caminho entre a pesquisa e a obtenção de petróleo, que exige novas licenças.
O presidente lembrou que a Petrobras tem expertise e é reconhecida globalmente por prospectar petróleo em águas profundas sem danos ambientais, citando o histórico da empresa sem vazamento de óleo.
Lula defendeu o plano: “Ora, se nós estamos reivindicando que a gente proteja as florestas e que nós queremos trabalhar para que a gente possa reduzir o uso de combustível fóssil, uma das formas é a gente utilizar o dinheiro do petróleo para consolidar a chamada transição energética do planeta terra”, argumentou. Ele reforçou que a Petrobras vai “aos poucos, deixar de ser uma empresa de petróleo para ser uma empresa de energia”.
Lula completou que o dinheiro necessário para o investimento em outros tipos de energia vem exatamente do petróleo, que, segundo ele, ainda será essencial por muitas décadas. Ele concluiu que, “enquanto o mundo precisar, o Brasil não vai jogar fora uma riqueza que pode melhorar a própria vida do povo brasileiro”.
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - 20
da redação FM