Nobel de Medicina premia ciência da tolerância imunitária periférica

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Nobel de Medicina premia ciência da tolerância imunitária periférica

 Mary Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi, dos EUA e Japão, vencem o Nobel de Medicina por descobertas que evitam o ataque do sistema imunológico a tecidos do próprio corpo e abrem caminho a novos tratamentos.

      Reuters/Claudio Bresciani/Proibida reprodução



O Prêmio Nobel de Medicina de 2025 foi anunciado nesta segunda-feira (6) em Estocolmo, na Suécia. Os laureados são os cientistas Mary Brunkow, Fred Ramsdell (ambos norte-americanos) e o japonês Shimon Sakaguchi. Eles foram reconhecidos pelas suas “descobertas sobre a tolerância imunitária periférica”.

As pesquisas do trio se concentram em um mecanismo essencial: a forma como o organismo impede que o sistema imunológico ataque os seus próprios tecidos, mantendo-o sob controle e evitando as doenças autoimunes. O Comitê do Nobel afirmou que o trabalho “lançou as bases para um novo campo de investigação” e estimulou o desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer e outras patologias.

Marie Wahren-Herlenius, professora do Instituto Karolinska, destacou que o prêmio deste ano relaciona-se diretamente com a capacidade de combater micróbios externos e, simultaneamente, evitar que o corpo se ataque.

As descobertas de Brunkow, Ramsdell e Sakaguchi, que residem nos Estados Unidos e no Japão, são consideradas um avanço crucial na compreensão da forma como o sistema imunológico é regulado.

A categoria de Medicina é a primeira a ser anunciada, dando início à semana de divulgação dos prêmios Nobel. Ao longo dos próximos dias, serão revelados os vencedores das categorias de Física, Química, Literatura e Paz. O anúncio do Nobel de Economia (Ciências Econômicas) está previsto para o dia 13.

Todos os anúncios são feitos em Estocolmo, com exceção do Nobel da Paz, que é tradicionalmente atribuído pelo Comitê Nobel Norueguês em Oslo.

A edição deste ano do Nobel da Paz está sob os holofotes por causa do presidente norte-americano, Donald Trump. Seu nome foi sugerido publicamente por líderes como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e também pelo Paquistão, por seu suposto “trabalho na resolução do conflito entre a Índia e o Paquistão”.

Em discurso, Trump afirmou que seria um “insulto para os Estados Unidos” se ele não recebesse o prêmio. Se for laureado, ele se tornará o quinto presidente dos EUA a receber o Nobel da Paz, seguindo Theodore Roosevelt, Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Barack Obama.

As cerimônias de entrega dos prêmios ocorrerão no dia 10 de dezembro, data do aniversário de Alfred Nobel, o químico e industrial sueco que instituiu a premiação em testamento, em 1895.

Por Cristina Sambado - Repórter da RTP - 20

da redação FM

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