Nova coordenação municipal atenderá povos originários de toda a região, com servidores indígenas à frente da entidade.
Assessoria - 50
Vilhena (RO), 13 de outubro de 2025 — A vereadora Amanda Areval e o prefeito Delegado Flori deram um passo histórico para a política de inclusão dos povos indígenas da região de Vilhena e do Cone Sul. Em audiência pública, foi anunciado que a Prefeitura de Vilhena criará uma coordenação indígena municipal, atendendo a uma demanda de mais de 47 anos e garantindo espaço de representação e apoio permanente para as comunidades locais.
Segundo a vereadora Amanda Areval, “com o apoio do prefeito Flori, conseguiremos consolidar essa coordenação indígena, que facilitará a chegada de demandas e suas resoluções pela máquina burocrática, além de dar mais possibilidade de locomoção e de instrumentos, visto que terá orçamento próprio e poderá receber emendas parlamentares, por exemplo”.
A nova coordenação será composta por membros das próprias etnias, contratados por concurso público e nomeação direta do Executivo. O objetivo é que servidores indígenas cuidem de indígenas, atuando como ponte entre a prefeitura e as Terras Indígenas (TIs), com sede própria e foco exclusivo na missão de fortalecimento das comunidades.
O prefeito Flori destacou a importância do órgão em suas redes sociais:
“Montamos e nos comprometemos a criar uma coordenação indígena na prefeitura. Membros das etnias (contratados via concurso) vão trabalhar 24 horas em favor deles mesmos. A nossa prefeitura, que tem formato de aldeia, vai ter um espaço para eles depois de 47 anos de existência.”
Para o cacique Valdair Sabanê, organizador da Audiência Pública das Aldeias Indígenas de Vilhena, o anúncio representa uma vitória para todos:
“Ficamos muito felizes com esse anúncio, pois é a garantia de que as nossas vozes serão ouvidas. Ter um espaço na prefeitura com pessoas da nossa própria comunidade vai agilizar a solução dos problemas e fortalecer a nossa cultura”, afirmou.
O evento contou com a presença de diversas lideranças indígenas, incluindo os caciques Arildo Sabanê (Aldeia Sowaintê), Manoel Filho Sabanê (Aldeia Capitão Kinã), Lino Sabanê (Aldeia Wality) e Humberto Terena (Aldeia Terena). Também esteve presente Silvana Campos, do Instituto Ambiental Augusto Leverger, que destacou que a criação da coordenação é essencial para que o protocolo de consulta oficial dos povos da região se torne realidade, permitindo participação efetiva nas decisões que afetam suas vidas.
A iniciativa marca um avanço significativo na inclusão e fortalecimento das comunidades indígenas na gestão pública de Vilhena, reforçando a importância do diálogo entre governo e povos originários.
Por Assessoria - 50
da redação FM
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