Sigla vai se unir ao PP e irão escolher um único nome para 2026
A direção do União Brasil decidiu nesta semana que vai deixar o governo Lula em setembro e entregar dois dos três ministérios que ocupa. A decisão foi tomada após críticas públicas do presidente da sigla, Antonio Rueda, à gestão petista.
O partido controla atualmente os ministérios do Turismo, Comunicações e Integração Nacional. Desses, apenas o ministro do Turismo, Celso Sabino, é filiado ao União Brasil. Caso opte por continuar no cargo como cota pessoal de Lula, ele será expulso da legenda.
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Frederico Siqueira, que comanda o Ministério das Comunicações, também deve deixar o cargo. Ele não tem filiação partidária, mas está na função por indicação direta do União, que agora quer romper com o governo.
Já Waldez Góes, ministro da Integração Nacional, deve permanecer. Filiado ao PDT, ele está no cargo por força do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cuja influência é respeitada internamente. A sigla não pretende contrariar o parlamentar.
O União Brasil tem a terceira maior bancada da Câmara, com 59 deputados, atrás apenas de PL e PT. Sem apoio da sigla, o governo Lula deve enfrentar mais obstáculos para aprovar projetos no Congresso.
Segundo a colunista Andreza Matais, a saída da base governista era prevista desde abril, quando o União formou uma federação com o PP, partido que faz oposição ao Planalto. A aliança obriga os dois partidos a apoiarem o mesmo nome na eleição de 2026.
O estopim para o rompimento foi uma reportagem que revelou declarações críticas de Antonio Rueda durante um evento com empresários e investidores em São Paulo.