TCE arquiva denúncia contra prefeitura de Porto Velho por edital de vigilância

TCE arquiva denúncia contra prefeitura de Porto Velho por edital de vigilância

 

       Irregularidades apontadas foram corrigidas pelo executivo, reforçando compromisso com a transparência


Porto Velho, Rondônia - O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) decidiu arquivar um Procedimento Apuratório Preliminar (PAP) que investigava supostas irregularidades no edital de um Pregão Eletrônico promovido pela Prefeitura de Porto Velho para a contratação de serviços de vigilância e segurança patrimonial.

A decisão, publicada no Diário Oficial Eletrônico do TCE-RO, reconheceu que a administração municipal, sob o comando do prefeito Léo Moraes (Podemos), agiu de forma proativa ao suspender o processo licitatório para corrigir falhas identificadas, demonstrando compromisso com a legalidade e a eficiência na gestão pública.

A denúncia, registrada sob o processo nº 01253/2025, questionava possíveis inconsistências no edital do Pregão Eletrônico, que tinha como objetivo contratar serviços de vigilância armada e desarmada para atender unidades da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA), como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Com um valor estimado em R$ 23.974.309, o edital visava garantir a segurança de locais que atendem diariamente milhares de cidadãos, um serviço essencial para a proteção de servidores e da população. No entanto, o TCE-RO concluiu que as supostas irregularidades já haviam sido sanadas pela própria prefeitura antes mesmo da formalização da denúncia, o que levou ao arquivamento do caso por falta de materialidade, urgência e gravidade, conforme previsto na Resolução nº 291/2019 e na Portaria nº 32/GABPRES/2025.

Ação preventiva da prefeitura


O prefeito Léo Moraes, que assumiu a gestão em janeiro de 2025, determinou a suspensão do certame ao identificar a necessidade de ajustes técnicos no edital, uma medida que, segundo o conselheiro Paulo Curi Neto, relator do processo, evidencia o comprometimento da administração com a legalidade.

“A suspensão do certame com a finalidade de corrigir a falha apontada demonstra o comprometimento da Administração com a legalidade e a eficiência dos atos administrativos, evidenciando que o vício apurado está sendo devidamente tratado no âmbito interno,” destacou Curi Neto em sua decisão.

Ele reforçou que a ausência de critérios mínimos de seletividade, como relevância e materialidade, justificava o arquivamento do procedimento. A prefeitura, por meio de sua assessoria, informou que um novo edital será publicado nas próximas semanas, já com as correções necessárias para garantir total conformidade com a legislação vigente.

A iniciativa visa evitar questionamentos futuros e assegurar a continuidade de serviços essenciais de segurança nas unidades de saúde do município.

Contexto de denúncias

A gestão de Léo Moraes tem enfrentado uma série de denúncias desde o início de seu mandato, muitas delas classificadas por aliados como tentativas de adversários políticos de desestabilizar a administração. Segundo fontes próximas ao Executivo, opositores têm protocolado representações junto ao TCE-RO e ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) com o objetivo de barrar o avanço de projetos e a crescente popularidade do prefeito.

Um exemplo recente é a investigação sobre um contrato emergencial de R$ 35,7 milhões com a empresa Plator Engenharia, que também está sob análise do TCE-RO e do MP-RO por suspeitas de irregularidades. No entanto, no caso do edital de vigilância, a rápida ação da prefeitura em corrigir as falhas foi determinante para o arquivamento da denúncia.

A decisão do TCE-RO reforça a importância de uma gestão proativa e transparente. Em nota oficial, o prefeito Léo Moraes reiterou seu compromisso com a legalidade: “Não compactuamos com práticas que prejudiquem o interesse público. Todas as medidas necessárias serão tomadas para assegurar a transparência e proteger os recursos dos servidores e da população.”

A administração municipal também destacou que mantém canais abertos, como a Ouvidoria Geral do Município (OGM) e a plataforma Fala.BR, para que cidadãos e servidores possam contribuir com denúncias e sugestões.

Modernização e transparência

Além de responder às denúncias, a gestão de Léo Moraes tem investido em modernização e transparência. Recentemente, a prefeitura anunciou a adesão ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que integra a gestão municipal a outros órgãos, como o TCE-RO e o Ministério Público, facilitando a troca de informações e reduzindo a burocracia.

A administração também intensificou auditorias internas, como a realizada no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho (IPAM), para apurar suspeitas de fraudes em pagamentos. Essas iniciativas refletem o esforço da prefeitura em fortalecer a governança e responder rapidamente a possíveis falhas administrativas.

Impacto para a população

O arquivamento da denúncia pelo TCE-RO é um passo importante para a continuidade dos serviços de vigilância nas unidades de saúde de Porto Velho. A segurança patrimonial é essencial para proteger equipamentos, servidores e pacientes em UPAs e UBSs, que atendem a uma demanda significativa da população. Com o novo edital em preparação, a expectativa é que a contratação dos serviços ocorra de forma célere e transparente, garantindo a proteção desses espaços públicos.

A decisão também destaca o papel do TCE-RO na fiscalização da gestão pública, equilibrando a análise de denúncias com critérios técnicos que priorizam casos de maior impacto econômico e social.

O conselheiro Paulo Curi Neto enfatizou que o arquivamento não significa negligência, mas sim a constatação de que a prefeitura já havia tomado as medidas necessárias para corrigir o problema.Para a população de Porto Velho, o desfecho do caso reforça a importância de uma administração que age preventivamente para corrigir falhas e manter a legalidade.

A gestão de Léo Moraes segue sob escrutínio, mas a resolução desse caso demonstra que medidas proativas podem evitar desgastes e garantir a continuidade de serviços essenciais.

Fonte: Painel Político

da redação FM
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