Queimadas em agosto têm o menor índice em seis anos

Queimadas em agosto têm o menor índice em seis anos

 Dados do Inpe indicam uma redução de 59% nos focos de queimada, apesar de algumas regiões do Brasil ainda apresentarem aumento.


         Joédson Alves/Agência Brasil



          
O Brasil registrou em agosto de 2025 o menor número de focos de queimadas para o mês desde 2019, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Até o dia 22 de agosto, houve uma queda substancial de 59% no total de focos, comparado ao mesmo período de 2024. O resultado é um alívio, já que agosto é considerado o meio do período de estiagem no país.

Apesar da tendência nacional de queda, nove unidades da federação registraram aumento no número de focos. Entre elas, estão Amapá (40%), Paraíba (83%) e Sergipe (91%). Mesmo com uma redução de 69% em relação ao ano anterior, o Mato Grosso segue como o estado com o maior número de focos de incêndio.

Redução na Amazônia e no Cerrado

A melhora nos índices de queimadas é atribuída, em parte, ao retorno das chuvas no inverno e a uma menor utilização do fogo para preparar terrenos. Os dados do Mapbiomas confirmam a tendência, mostrando que a área queimada na Amazônia e no Cerrado entre janeiro e julho deste ano foi a menor desde 2019.

A Amazônia teve uma redução de 70% na área queimada, enquanto o Cerrado, apesar de ter a maior área afetada no período (1,2 milhão de hectares), também viu a situação melhorar.

Seca continua em grande parte do país

Enquanto os focos de queimada diminuem, a seca avança em outras regiões. Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), 14 estados registraram intensificação do fenômeno em julho, principalmente no Nordeste, onde a Caatinga retornou ao nível de Seca Extrema.

O estado de São Paulo também enfrenta o problema. A Defesa Civil registrou uma queda de 75% nos focos de incêndio na primeira quinzena de agosto, mas o tempo quente e seco continua, com a umidade relativa do ar em cerca de 50 municípios ficando abaixo dos 20%.

Por Guilherme Jeronymo - Repórter da Agência Brasil - 20

da redação FM

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