Lagosta-boxeadora é flagrada atacando turista no litoral de SP com golpe mais rápido do reino animal

Lagosta-boxeadora é flagrada atacando turista no litoral de SP com golpe mais rápido do reino animal

 

            Lagosta-boxeadora que desfere golpes com aceleração comparável ao de arma calibre 22 foi flagrada em Peruíbe (SP) — Foto: Rafael Marchezetti Correia

Porto Velho, Rondônia - Um flagrante raro e impressionante de uma lagosta-boxeadora, também conhecida como camarão-louva-a-deus-palhaço (Odontodactylus sp.), chamou atenção após viralizar nas redes sociais. O episódio ocorreu na praia do Guaraú, em Peruíbe, no litoral de São Paulo, quando o turista Rafael Marchezetti Correia foi surpreendido por um ataque do crustáceo enquanto o observava na areia.

Nas imagens compartilhadas nas redes, Correia aparece tentando identificar o animal quando é golpeado de forma súbita. “Gente, olha só, isso aqui eu acho que é um lagostim ou uma lagosta. Vocês sabem o que é? Se eu posso mexer mesmo, colocar lá na água?”, diz ele antes de receber o impacto. Apesar do susto, o turista não se feriu.

Segundo o biólogo marinho Eric Comin, o animal é conhecido por possuir o golpe mais veloz do mundo animal, capaz de atingir uma velocidade superior a 80 km/h — comparável à aceleração de um disparo de arma de fogo calibre 22.

“O camarão-louva-a-deus-palhaço desfere golpes com uma pressão de até 60 quilos por centímetro quadrado, suficiente para quebrar carapaças de outros crustáceos e, em alguns casos, até o vidro de aquários”, explicou Comin. O impacto é resultado de uma estrutura especializada em suas garras, composta por duas camadas sobrepostas que armazenam e liberam energia de forma extremamente eficiente.

Correia contou que utilizou uma ferramenta de inteligência artificial e a ajuda de uma amiga bióloga para identificar o crustáceo. Após o ataque, optou por devolver o animal ao mar, preservando-o de possíveis predadores e ressaltando seu respeito pela fauna marinha. “É um animal incrível. Foi um presente ter a chance de vê-lo pessoalmente”, disse ele.

O biólogo ressaltou que o encontro com esse tipo de crustáceo em áreas rasas é extremamente raro. “Eles habitam regiões mais profundas do oceano, com hábitos muito furtivos. É incomum avistá-los tão próximos à costa”, destacou Comin.

Ele também alertou que, embora o animal não seja agressivo por natureza, o contato direto deve ser evitado, já que os golpes podem causar ferimentos sérios. “Apesar de fascinante, ele não é inofensivo. Deve ser admirado à distância.”

O caso serviu de alerta para turistas e moradores da região sobre a importância de respeitar a fauna marinha, evitando manusear animais desconhecidos, mesmo que aparentemente inofensivos.


da redação FM

Postar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem
Aos leitores, ler com atenção! Este site acompanha casos Policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda - se ao leitor critério ao analisar as reportagens.