Porto Velho, Rondônia - O mercado automotivo mundial ganhou um novo marco histórico com a conquista da montadora chinesa BYD. O superesportivo elétrico Yangwang U9 atingiu a velocidade de 472,41 km/h, consolidando-se como o carro elétrico de produção mais rápido do mundo. O feito foi registrado em Papenburg, na Alemanha, com o piloto profissional Marc Basseg ao volante.
Segundo a fabricante, a marca foi alcançada com a versão Track Edition, equipada com todos os requisitos de homologação para circulação em vias públicas. Entre os diferenciais dessa configuração está o difusor dianteiro em fibra de carbono, que garante maior estabilidade e eficiência aerodinâmica em altas velocidades.
Potência acima da concorrência
O Yangwang U9 dispõe de quatro motores elétricos de 326 cv cada, totalizando 1.306 cv de potência e 130,5 kgfm de torque. Para efeito de comparação, o desempenho equivale a mais do que o dobro da força entregue por uma caminhonete Ford F-150 equipada com motor Coyote V8 5.0L.
Com esse conjunto, o veículo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,3 segundos, superando a Ferrari SF90 Stradale, referência entre os superesportivos a combustão e híbridos, que cumpre a mesma prova em 2,5 segundos.
Inovações tecnológicas
Além da velocidade, o modelo da BYD também se destaca por recursos pouco convencionais no segmento. O sistema hidráulico da suspensão possibilita que o carro “salte” até 75 milímetros em frações de segundo, tecnologia que pode ser utilizada para desviar de buracos ou obstáculos na pista. Em demonstração oficial, o veículo chegou a percorrer seis metros no ar a 120 km/h.
Outra inovação é a capacidade de o supercarro “dançar” ao som de músicas, utilizando controle preciso da suspensão, iluminação sincronizada e sistema de som externo, tornando-se também um espetáculo visual em apresentações públicas.
Valor de mercado
Atualmente, o Yangwang U9 ainda não está disponível no mercado brasileiro. Na China, entretanto, o modelo é comercializado a partir de 1,68 milhão de renminbi, o que corresponde a cerca de R$ 1,3 milhão.
Com o recorde, a BYD reforça sua estratégia de expandir a presença no setor de veículos de alto desempenho, destacando-se não apenas pela eficiência energética, mas também pela superação de limites antes restritos a motores a combustão.
da redação FM