AGU pede investigação de movimentações financeiras antes de ‘Tarifaço’ de Trump

AGU pede investigação de movimentações financeiras antes de ‘Tarifaço’ de Trump

 Advocacia-Geral da União solicita ao STF apuração de possível uso de informações privilegiadas no mercado cambial brasileiro.


     Valter Campanato/Agência Brasi


A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de uma investigação. O objetivo é apurar o suposto uso de informações privilegiadas que teriam gerado lucro a partir do “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. O pedido foi protocolado na noite de sábado, 19 de julho de 2025.

Suspeita de Lucro Ilegal

A AGU busca investigar um possível vínculo entre o anúncio da taxação de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA (com início em 1º de agosto) e movimentações atípicas no mercado cambial brasileiro, tanto antes quanto depois do anúncio de Trump.

O órgão sustenta que “à luz dos fatos noticiados, podemos inferir que eles se inserem em contexto no qual os fatos já em apuração neste inquérito estão além dos ilícitos penais já indicados pela Procuradoria-Geral da República, relacionados à obstrução da Justiça, mas também com possíveis ganhos financeiros ilícitos, mediante os mesmos fatos que buscaram impor embaraço à aplicação da lei penal”.

Conexão com Investigação de Eduardo Bolsonaro

O pedido da AGU foi anexado ao inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está sendo investigado. Essa investigação apura a atuação de Eduardo junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo. Além disso, busca verificar tentativas de barrar o andamento da ação penal sobre a suposta trama golpista, que tem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, como um dos réus.

Eduardo Bolsonaro havia solicitado licença de seu mandato em março deste ano para morar nos Estados Unidos, alegando perseguição política. A licença do parlamentar termina neste domingo.

Na sexta-feira, 18 de julho, no mesmo inquérito, Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). O ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e proibido de sair de casa entre 19h e 6h. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes após a PGR alegar risco de fuga do ex-presidente, que deve ser julgado pelo Supremo em setembro.

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - 20

da redação FM

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