Bloqueio democrata tira diplomacia americana da posse do papa

Bloqueio democrata tira diplomacia americana da posse do papa

 

      País teve presença oficial na posse do novo papa, mas sem chefe diplomático credenciado. // Créditos: Narcin Mazur/cbcew.org.uk


Porto Velho, Rondônia - O Senado dos Estados Unidos impediu a confirmação de Brian Burch como embaixador junto à Santa Sé, deixando o posto vago durante a cerimônia de posse do papa Leão XIV, realizada no domingo, 18.

Embora o governo americano tenha enviado uma delegação oficial, liderada pelo vice-presidente JD Vance e pelo secretário de Estado Marco Rubio, o país não teve representação diplomática formal no evento.

A indicação de Burch, aprovada pela Comissão de Relações Exteriores, foi travada em plenário por uma manobra dos democratas, que impuseram um “hold” sobre as nomeações do Departamento de Estado.

O bloqueio foi articulado pelo senador Brian Schatz, do Havaí, em protesto contra o fechamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) pelo governo Trump.

A medida exigiu maioria qualificada de 60 votos para a confirmação, o que inviabilizou a aprovação antes da posse do novo pontífice.

Tradicionalmente, indicações para cargos diplomáticos são votadas em bloco por consentimento unânime.

O uso do “hold” para travar uma indicação com parecer técnico favorável e perfil compatível com a função expôs a disposição da oposição democrata de tensionar o processo de nomeações do governo Trump, inclusive em cargos que costumam passar ao largo do conflito partidário.

Brian Burch, presidente do grupo CatholicVote, é conhecido por posições alinhadas ao magistério tradicional da Igreja Católica.

O senador republicano Eric Schmitt criticou a obstrução, classificando a manobra como uma tentativa de “silenciar diplomaticamente” os Estados Unidos em um momento de alto simbolismo internacional. Leão XIV é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos.

A confirmação de Burch continua pendente no Senado e deve voltar à pauta nas próximas semanas. O episódio escancarou a polarização no Congresso americano e a politização crescente de cargos antes considerados técnicos.

Fonte: O Antagonista

da redação FM
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