EUA concedem isenções tarifárias para eletrônicos importados da China, aliviando empresas de tecnologia

EUA concedem isenções tarifárias para eletrônicos importados da China, aliviando empresas de tecnologia

                   Governo americano listou 20 categorias de produtos excluídos




      Reuters/Carlos Barria/Proibida reprodução

O governo dos Estados Unidos (EUA) concedeu isenções tarifárias para smartphones, computadores e outros eletrônicos importados, em grande parte da China, poupando-os de grande parte das altas taxas de 125% impostas pelo presidente Donald Trump.

Em um aviso aos expedidores, a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA publicou uma lista de códigos tarifários que serão excluídos das taxas. As exclusões são retroativas à 0h01 do dia 5 de abril.

O CBP dos EUA listou 20 categorias de produtos, incluindo o código 8.471, bastante amplo, para todos os computadores, laptops, unidades de disco e processamento automático de dados. Também incluiu dispositivos semicondutores, equipamentos, chips de memória e monitores de tela plana. O aviso não forneceu uma explicação para a decisão do governo, mas a exclusão noturna proporciona um alívio bem-vindo às principais empresas de tecnologia do país, incluindo a Apple, a Dell Technologies e muitas outras importadoras. A ação de Trump também exclui os eletrônicos especificados de suas tarifas “básicas” de 10% sobre produtos da maioria dos países, exceto a China, reduzindo os custos de importação de semicondutores de Taiwan e de iPhones da Apple produzidos na Índia.

Para as importações chinesas, a exclusão aplica-se apenas às tarifas recíprocas de Trump, que subiram para 125% esta semana, de acordo com uma autoridade da Casa Branca. As tarifas anteriores de 20% de Trump sobre todas as importações chinesas, que ele disse estarem relacionadas à crise do fentanil nos EUA, permanecem em vigor. A autoridade disse, porém, que Trump iniciará em breve uma nova investigação comercial de segurança nacional sobre semicondutores, o que pode levar a novas tarifas sobre o setor.

Em comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente deixou claro que os EUA não podem depender da China para fabricar tecnologias críticas, como semicondutores, chips, smartphones e laptops. Ela disse, porém, que, sob a orientação de Trump, grandes empresas de tecnologia “estão se apressando para terceirizar sua produção nos Estados Unidos, o mais rápido possível”.

Impacto negativo

As isenções sugerem, entretanto, uma crescente conscientização dentro do governo Trump sobre o impacto negativo que suas tarifas representaram para os consumidores, preocupados com a inflação, especialmente em produtos populares como smartphones, laptops e outros eletrônicos. Mesmo com uma tarifa mais baixa de 54% sobre as importações chinesas, analistas previram que o preço de um iPhone topo de linha da Apple poderia saltar de US$ 1.599 para US$ 2.300.

Com uma tarifa de 125%, economistas e analistas disseram que o comércio entre os EUA e a China poderia ser praticamente interrompido. Os smartphones foram a principal importação dos EUA da China em 2024, totalizando US$ 41,7 bilhões, com os laptops fabricados naquele país em segundo lugar, com US$ 33,1 bilhões, de acordo com dados do Departamento do Censo dos EUA.

Trump concorreu para reconquistar a Casa Branca no ano passado, em grande parte com a promessa de reduzir os preços que, alimentados pela inflação pós-pandemia de covid-19 e pela guerra entre a Rússia a Ucrânia, dispararam e mancharam a reputação econômica do ex-presidente Joe Biden e seus aliados democratas.

Por David Lawder e Jeff Mason – Repórteres da Reuters - 20

da redação FM


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