Desconhecida do eleitorado, Tabata faz maratona com até três jantares por noite para tentar ganhar projeção

Desconhecida do eleitorado, Tabata faz maratona com até três jantares por noite para tentar ganhar projeção

 Campanha reconhece dificuldade e aposta em ‘multiplicadores’ para torná-la mais popular e crescer nas pesquisas



             Tabata Amaral (PSB - SP) — Foto: Divulgação



Porto Velho, Rondônia - 
A candidata do PSB à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, tem mapeado “multiplicadores” com potencial de levar seu nome a ser mais conhecido na cidade, desafio diagnosticado pela campanha da deputada federal como principal entrave para seu desempenho nas pesquisas de intenções de voto. Para acessar esses influenciadores, somando-se à estratégia de comunicação nas redes sociais, a candidata chega a participar de até três jantares numa só noite — embora suas refeições muitas vezes sejam feitas no carro, no deslocamento de um compromisso para o outro.

A maratona de encontros é coordenada pela advogada Maís Moreno, responsável por dialogar com potenciais anfitriões, organizar a agenda e a logística para levar Tabata aos encontros com grupos setoriais, associações, empresários, professores e possíveis doadores.

Nas últimas semanas, a candidata foi recebida pela ambientalista Teresa Bracher, por professores da USP e Unicamp, e por dois advogados, entre outros. Até no salão de um prédio a deputada discursou. O roteiro normalmente começa com uma apresentação de cerca de 20 minutos, e pode focar em temas específicos para cada audiência.

— A estratégia começou há mais de um ano, mas se intensificou nesses meses de pré-campanha. A gente identificou que há uma taxa de conversão de votos muito grande naqueles que são apresentados à Tabata por pessoas em quem já confiam. Cada pessoa que participa desses encontros conversa com outras 70 até as eleições, então existe uma grande capacidade de multiplicação — diz Moreno.

A advogada também coordena o conselho estratégico da campanha de Tabata, que reúne nomes como o do ex-deputado Floriano Pesaro (hoje diretor na Apex Brasil), da médica Ludhmila Hajjar, da advogada Luciana Temer (filha do ex-presidente Michel Temer) e da professora Marta Dora Grostein (mãe do apresentador Luciano Huck).

O grupo se reúne mensalmente para discutir temas estratégicos para a candidatura, e seus integrantes também trocam impressões e “pitacos diversos” por WhatsApp no dia a dia.

O produtor KondZilla também integra o núcleo de aconselhamento da deputada e opinou na série de vídeos biográficos publicada nas redes sociais de Tabata com o propósito de justamente apresentá-la ao público que não a conhece.

— Meu desafio é o desconhecimento, essa é a minha dificuldade. — disse Tabata em entrevista ao g1.

Reforço de Alckmin

Anunciada vice na chapa do PSB, a professora Lúcia França deve também entrar no roteiro de encontros para divulgar as propostas de Tabata quando a própria candidata não puder participar. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também é visto como uma arma poderosa para a campanha, mas até o momento ainda não entrou a fundo no projeto. Ele gravará vídeos com a candidata, mas a data ainda segue indefinida.

— O Alckmin está super engajado, mas ele é muito cauteloso para fazer coisas da campanha. Ele aguarda terminar o expediente em Brasília para se movimentar do ponto de vista político, mas com certeza será muito importante — diz o deputado estadual Caio França (PSB-SP), filho de Lúcia e do ministro Márcio França.


Fonte: O GLOBO

da redação FM 

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