A fumaça que invade Manaus, no Amazonas, somando-se à emanação das queimadas em outros estados da Região Norte, tem provocado ...
A fumaça que invade Manaus, no Amazonas, somando-se à emanação das queimadas em outros estados da Região Norte, tem provocado uma enxurrada de críticas que culpam os chefes do Executivo dessas respectivas federações. Em Rondônia, o promotor de Justiça Pablo Hernandez classificou a situação dos incêndios, durante uma reunião no Ministério Público Estadual no início desta semana, como resultado de uma “falta de planejamento prévio”.
Para o coordenador do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo, Patrimônio Histórico, Cultura e Artístico (Gaema), Pablo Hernandez Viscardi, até houve um esforço prévio por parte dos envolvidos, mas foi insuficiente. “Existiu um planejamento prévio do MP, do estado e dos municípios. Ocorre que, por diversos fatores e pela deficiência das ações, não conseguimos conter a grande quantidade de incêndios que surgiram no estado de Rondônia”, revelou.
Se o pouco que foi planejado resultou em uma catástrofe, como o fogo atingindo reservas estaduais como a Soldado da Borracha, a fumaça que encobriu Manaus fez com que a cidade novamente fosse considerada como o local com pior qualidade do ar na América Latina. Diante desse cenário, a instituição declarou que houve omissão tanto do governo de Wilson Lima quanto do governo federal.
Em Rondônia, a fumaça se juntou à das queimadas no sul do Amazonas, considerado o epicentro dos crimes ambientais contra a Amazônia no estado vizinho. Ao site A Crítica, a presidente do Fórum dos Secretários Municipais de Meio Ambiente, Jane Crespo, tentou amenizar a responsabilidade do governo estadual ao apontar as queimadas nos arredores das terras indígenas como a principal causa do problema. “A falta de preparo em lidar com as queimadas no entorno das terras indígenas é um grande problema”, concluiu.
Por Emerson Barbosa - NR