Acaba defasagem no preço do diesel e combustível está 6% mais caro no Brasil, segundo Abicom

Acaba defasagem no preço do diesel e combustível está 6% mais caro no Brasil, segundo Abicom

                             Queda no barril do petróleo derrubou preços internacionais


Virada para uma diferença de preço contra o mercado nacional aconteceu nesta segunda-feira (4) e se manteve. REUTERS/Wolfgang Rattay


A queda do preço do barril do petróleo no mercado internacional derrubou também os preços do diesel no exterior, levando o Brasil a vender o combustível 6% mais caro do que lá fora.

Os dados são da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que acompanha a evolução dos preços e calcula a defasagem dos valores praticados no país.

 

A virada para uma diferença de preço contra o mercado nacional aconteceu nesta segunda-feira (4) e se manteve. A volatilidade dos mercados internacionais tem sido o cenário mais recorrente nas últimas semanas, e o comportamento dos preços do petróleo tem chamado atenção.

Aqui no Brasil, a pressão sobre a Petrobras para redução dos preços dos combustíveis vem aumentando nas últimas semanas.

A última vez que a estatal mexeu nos preços foi para reduzir o da gasolina, em 4,1%, e subir o do diesel, em 6,6%, em meados de outubro.

Agora, segundo os importadores de petróleo, o valor do litro do diesel está 6% acima dos preços externos, abrindo espaço para um reajuste para baixo pela Petrobras.

O comportamento dos preços no mercado internacional tem sido inusitado diante, por exemplo, da decisão da Organização dos Países Exportadores e aliados (Opep+), que anunciou aumento dos cortes voluntários em 2024.

A commodity não reagiu em alta como sempre aconteceu. Ao contrário, a queda foi intensa e contínua nos últimos dias.

Nesta terça-feira (5), o barril do tipo Brent, referência para o mercado brasileiro, caiu ao menor nível desde meados de novembro. O contrato futuro com entrega para fevereiro cedeu 1,06%, cotado a US$ 77,20.

Tem pesado mais na formação dos preços a expectativa sobre a demanda do que sobre a oferta do produto, por isso os recuos desde o início da guerra em Israel. Nem o conflito, nem a pressão dos maiores produtores superam o receio pelo crescimento da economia global em 2024.

O foco de atenção é com a China, que sinaliza perda de dinamismo e capacidade de crescer às taxas registradas das últimas décadas.

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a perspectiva para o rating do país de estável para negativa, indicando que a próxima decisão sobre a nota pode ser de piora.

Segundo a Moody’s, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês vai crescer por volta dos 4% nos próximos dois anos, e depois entra num ritmo abaixo disso.

Outra fonte de preocupação é com o desempenho das economias ocidentais, especificamente Estados Unidos e Europa, ambos com taxas de juros elevadas e uma batalha ainda não totalmente vencida para redução da inflação.

As perspectivas para a economia global são de baixo crescimento, escapando de um cenário de recessão.

Veja também: Governo federal já admite que não terá “pibão” em 2024




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