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R$ 850 milhões em jogo: o dilema da Mega da Virada e a advertência bíblica contra o amor ao dinheiro

R$ 850 milhões em jogo: o dilema da Mega da Virada e a advertência bíblica contra o amor ao dinheiro

 A maioria das denominações desestimula a prática, mas alguns líderes consideram que o ato não é pecado, desde que não haja vício

      Apostador marca números no volante da Mega-Sena antes de registrar o jogo. (Foto: Reprodução)


SÃO PAULO (SP) — Um levantamento do PoderData, divulgado em outubro, revelou um crescimento notável no engajamento de evangélicos com jogos de azar online. Segundo a pesquisa, 41% dos evangélicos afirmaram já ter feito apostas em plataformas digitais, conhecidas como “bets”.

O número representa um aumento expressivo em comparação com o ano anterior (29%) e intensifica o debate teológico sobre a participação de cristãos em jogos, especialmente com a proximidade da Mega da Virada 2025, que oferece um prêmio recorde de R$ 850 milhões.

O Crescimento das Apostas e a Bíblia
Embora a Bíblia não proíba a loteria diretamente, pastores e teólogos usam princípios das Escrituras para orientar a conduta, focando no risco da cobiça e no uso dos recursos financeiros.

A discussão se baseia em três pilares principais:

O Amor ao Dinheiro: O versículo de 1 Timóteo 6:10 (“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”) é central. Líderes argumentam que a loteria estimula a busca por riqueza instantânea, desviando o foco da providência divina e do trabalho.

Mordomia Financeira: Muitos defendem que o dinheiro gasto em jogos seria melhor aplicado em dízimos, ofertas ou auxílio a missões, sendo o gasto na loteria um desperdício de recursos do Reino.

Fé versus Sorte: O ponto de vista teológico reforça que a confiança do cristão deve estar em Deus, e não no acaso ou na sorte inerente aos jogos.

Visões Divergentes e a Consciência
Apesar da tendência desfavorável nas denominações históricas (como Batistas e Presbiterianas) e neopentecostais, que alertam para o risco de vício, há visões mais flexíveis.

“Se o jogo é legalizado, se a pessoa usa um valor irrisório que não compromete o sustento da família e se ela não tem vício, o ato de jogar não se configura como pecado. O pecado está na idolatria ao dinheiro ou no vício compulsivo,” explica Cláudio Lemos, Mestre em Teologia.

A decisão de jogar na Mega da Virada, portanto, recai sobre a consciência individual. Os cristãos são incentivados a buscar sabedoria, garantindo que o desejo por riqueza não se torne uma obsessão ou comprometa a estabilidade financeira familiar.

Erros ou Direito de Resposta? contato@ofuxicogospel.com.br

Por Caio Rangel 

da redação FM

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