Dezembro Laranja e o câncer mais comum no Brasil; entenda

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Dezembro Laranja e o câncer mais comum no Brasil; entenda

 Cerca de 33% de todos os diagnósticos oncológicos no país são de câncer de pele


Câncer de pele representa 33% de todos os diagnósticos oncológicos Foto: Freepik

Dezembro Laranja é uma campanha de conscientização sobre o câncer de pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O mês foi escolhido por ser início do verão, um período de maior exposição ao Sol, e o objetivo é alertar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, que é a mais comum no Brasil, representando cerca de 33% de todos os diagnósticos oncológicos no país.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 220 mil novos casos anuais, sendo cerca de 85% do tipo não melanoma, geralmente menos agressivo, e 15% do tipo melanoma, conhecido por sua letalidade.

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Os números chamam a atenção, mas ainda assim, o problema não é tratado com a seriedade que merece. A principal causa, a exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), pode ser prevenida com medidas simples, como o uso diário de protetor solar e a adoção de hábitos de proteção, como evitar o Sol nos horários de pico.

– Vivemos em um país tropical, com alta exposição solar durante todo o ano, mas ainda falta conscientização sobre os riscos do câncer de pele. Medidas preventivas básicas podem salvar vidas, e precisamos reforçar essa mensagem constantemente – afirma Rodrigo Perez Pereira, líder nacional da especialidade pele da Oncoclínicas.

DIAGNÓSTICO PRECOCE
Uma das principais armas contra o câncer de pele é o diagnóstico precoce. Quando identificado em estágios iniciais, o tratamento é mais simples e eficaz, com chances de cura que podem ultrapassar 90%, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Além disso, populações específicas, como trabalhadores rurais, pescadores e pessoas de pele clara, estão mais vulneráveis devido à exposição solar acumulada ao longo dos anos. No entanto, o oncologista alerta que o câncer de pele não discrimina e pode atingir qualquer pessoa, independentemente da cor da pele ou do estilo de vida.

Infelizmente, no entanto, muitos casos ainda são descobertos tardiamente, certas vezes porque os sinais podem ser confundidos com lesões benignas.

– Uma pinta que muda de cor, um machucado que não cicatriza ou uma mancha com bordas irregulares podem ser sinais de alerta. O tempo é um fator decisivo na luta contra o câncer de pele – explica Pereira.

O especialista orienta ainda que a regra do “ABCDE” é uma ferramenta simples, mas muito útil para reconhecer sinais suspeitos que merecem atenção:

– Assimetria: quando uma metade da lesão é visivelmente diferente da outra.
– Bordas: lesões com contornos irregulares ou mal definidos.
– Cor: manchas ou pintas que apresentam mais de uma tonalidade, como variações entre preto, marrom, vermelho, azul, cinza ou outras cores.
– Diâmetro: lesões maiores que 6 mm devem ser analisadas com atenção.
– Evolução: qualquer alteração no tamanho, forma ou cor ao longo do tempo é um sinal de alerta.

– Perceber mudanças na pele é o primeiro passo para a prevenção. Ao identificar qualquer característica fora do comum, é essencial buscar orientação de um dermatologista para um diagnóstico preciso e, se necessário, iniciar o tratamento o quanto antes – reforça.

PESSOAS DE PELE NEGRA PODEM TER CÂNCER DE PELE?
Há ainda a ideia equivocada de que pessoas de pele escura estão imunes ao câncer de pele. Embora a maior quantidade de melanina ofereça uma proteção natural, o risco não é inexistente. Nessas populações, o câncer de pele pode surgir em áreas menos pigmentadas, como palmas das mãos, solas dos pés e mucosas, e muitas vezes é diagnosticado tardiamente.

– É essencial desconstruir o mito de que a pele mais escura é invulnerável. O diagnóstico tardio em populações negras ocorre frequentemente porque a suspeita é baixa. Precisamos mudar essa realidade com mais informação e acesso à saúde – afirma Perez.

Previna-se:

– Use protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, com FPS 30 ou superior.
– Reaplique o protetor a cada duas horas ou após contato com água.
– Evite a exposição ao Sol entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais intensos.
– Use acessórios de proteção, como chapéus, óculos de sol com proteção UV e roupas de manga longa, idealmente também com proteção UV.
– Fique atento a sinais na pele, como pintas que mudam de tamanho, cor ou formato.
– Consulte um dermatologista regularmente, especialmente se tiver histórico familiar de câncer de pele.

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