“Esta é a Bolívia renovada, que se conecta com o mundo. Acabou o tempo do isolamento, da dependência de ideologias que não deram certo e de uma Bolívia de costas para o mundo”.
Filiado ao Partido Democrático Cristão (PDC), Paz tomou posse proferindo um discurso com forte apelo cristão, mas, diferentemente de outros líderes sul-americanos, evitou o teor ideológico, limitando-se a jurar: “Por Dios, la familia y la Patria, ¡sí, juro!”.
Ainda durante a cerimônia, Rodrigo Paz declarou que seu governo será pautado pela transparência e abertura, sinalizando uma mudança de rumo. Ele criticou a corrupção, que atribuiu às gestões dos dois últimos presidentes do Movimento ao Socialismo (MAS), alegando que essa prática prejudicou a economia e o desenvolvimento do país. “Esta é a Bolívia renovada, que se conecta com o mundo. Acabou o tempo do isolamento, da dependência de ideologias que não deram certo e de uma Bolívia de costas para o mundo. A Bolívia está de volta ao cenário global, e o mundo está de volta à Bolívia. Por isso, estamos de braços abertos,” afirmou o mandatário.
Em seu discurso de despedida, o presidente Luis Arce e o vice-presidente David Choquehuanca expressaram sua gratidão ao povo boliviano pelo apoio recebido ao longo de seu mandato e reconheceram o comprometimento e a colaboração de sua equipe ministerial. “Vencemos com mais de 55% dos votos e recuperamos nossa democracia”, declararam.
Arce também fez um balanço do contexto em que assumiu a presidência, ressaltando que o país enfrentava uma profunda crise sanitária e econômica, com suspeitas de desfalque nos cofres públicos. Ele apontou que a Bolívia sofria com uma grave recessão, falta de insumos médicos, alto índice de desemprego e paralisação da produção.
Já empossados, Rodrigo Paz e Edmand Lara, acompanhados de suas esposas, dirigiram-se à Praça Murillo para saudar os presentes.
Por Emerson Barbosa - NR