Anistia Internacional classifica Operação Contenção no Rio como desastrosa

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Anistia Internacional classifica Operação Contenção no Rio como desastrosa

 Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, afirma que a Operação Contenção, que deixou 119 mortos, é um fracasso para o Estado e exige a responsabilização das autoridades.

          © Tomaz Silva/Agência Brasil


A diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, a médica Jurema Werneck, classificou como “desastrosa” a operação policial Contenção no Rio de Janeiro. A ação ocorreu nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha. O balanço oficial mais recente aponta a morte de 119 pessoas.

Jurema Werneck questionou o suposto sucesso da operação. “As autoridades da segurança pública dizem que foi uma operação planejada. [Mas] uma operação com tanta morte?”, disse durante entrevista ao telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil.

Fracasso retumbante para o Estado

A diretora aponta que os policiais nas comunidades não tinham “controle do ambiente” e nem cumpriram o “dever de proteção da vida e do patrimônio”. Ela contrapõe a avaliação do governador Cláudio Castro, que considerou a operação positiva.

“É preciso dizer que essa operação não é um sucesso. É desastrosa. Qualquer pessoa sabe que assassinato e sucesso não entram na mesma frase”, afirmou Werneck.

Para a diretora da Anistia Internacional, a operação foi um “retumbante fracasso” para o Estado e a sociedade. A fala do governador do Rio de Janeiro, segundo ela, “estimula toda ação fora da lei”, configurando um desrespeito à Constituição e ao direito internacional.

Reparação e responsabilização

A Anistia Internacional, juntamente com outras entidades, está colhendo relatos sobre a operação. Jurema Werneck espera que as autoridades apresentem as provas de planejamento e correição da ação, que tem revelado “descalabros”.

A organização promete prestar auxílio às pessoas afetadas e trabalhar para que haja reparação judicial e a responsabilização das autoridades. “A gente só espera que as instituições brasileiras cumpram o seu dever. O mundo inteiro está vendo”, concluiu a médica.

Por Agência Brasil - 20

da redação FM

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