Sérgio Gonçalves fala em movimento para o “isolar” dentro do governo, reafirma pré-candidatura e legitima chapa com Rocha

Sérgio Gonçalves fala em movimento para o “isolar” dentro do governo, reafirma pré-candidatura e legitima chapa com Rocha

 Em entrevista a Arimar Souza de Sá, no programa A Voz do Povo, da Rádio Caiari, na última sexta-feira (12), o vice-governador de Rondônia defendeu “gestão por resultados” e classificou saúde e licenciamento ambiental como áreas com “ineficiência” a enfrentar



Porto Velho, RO – O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil), confirmou que é pré-candidato ao governo do Estado em 2026. A declaração foi feita em entrevista concedida ao jornalista Arimar Souza de Sá, no programa A Voz do Povo, veiculado pela Rádio Caiari, na última sexta-feira (12). “Sou pré-candidato a governo do Estado pela União Brasil”, afirmou, ao comentar que tem percorrido municípios e dialogado com lideranças políticas e comunitárias.

Questionado sobre a composição eleitoral do seu grupo, Gonçalves disse não ver risco para sua pré-candidatura mesmo com o governador Marcos Rocha na disputa ao Senado pelo União Brasil. “Não há riscos. O governador Marcos Rocha é pré-candidato a Senado pela União Brasil e eu também sou pré-candidato ao governo pela União Brasil, e isso está muito bem acordado”, declarou. Ao ser indagado por um ouvinte se a chapa poderia ter Silvia Cristina e Marcos Rocha ao Senado, respondeu: “Creio que sim. Essa vai ser a chapa.”

Durante a entrevista, o vice-governador afirmou que pretende apoiar Marcos Rocha na corrida ao Senado. “Sim, vou apoiar o Marcos Rocha ao Senado”, disse. Ele também relatou manter diálogo com prefeitos e que busca construir alianças para 2026, inclusive na capital. Sobre o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, afirmou: “Tenho um bom relacionamento […] e é a partir desse bom relacionamento que a gente vai construir as alianças para 2026.”

Gonçalves dedicou parte das respostas a temas administrativos que, segundo ele, terão peso no debate eleitoral. O vice-governador citou a necessidade de “gestão por resultados” e apontou gargalos em serviços públicos. “Saúde pública é uma área que precisa melhorar”, disse, defendendo aumentar a produtividade das unidades: “Se ela tem a capacidade de atender mil pessoas por dia, ela não pode atender cem, ela tem que atender mil.” Indagado por ouvintes sobre regulação e filas, afirmou: “A regulação do Estado é o coração da inteligência da distribuição do serviço e precisa ser melhorado e está caminhando nesse sentido.”

Na seara ambiental, Gonçalves mencionou a fila de análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Hoje nós temos uma fila de análise do CAR no nosso Estado que ela é homérica, é gigante, que precisa andar”, declarou, vinculando o tema a entraves ao licenciamento e ao ambiente de negócios. Para ele, a burocracia e a ineficiência “encarecem” a atividade produtiva e afetam o custo ao consumidor.

Perguntado se considera o governo atual ineficiente, respondeu que a ineficiência é um problema histórico da administração pública e setorial, não necessariamente de um governo específico. “O governo, estruturalmente, historicamente, é ineficiente”, disse, acrescentando: “Claro, isso é justificativa para o que está aí? Não, de forma alguma.” Sobre áreas com desempenho positivo e pontos a melhorar, resumiu: “Em algumas áreas é eficiente; em outras a gente tem um espaço gigante que precisa ser melhorado.”

O vice-governador também relatou pressões políticas no Palácio. Ao ser questionado por ouvintes se estaria isolado na gestão, negou, mas disse que há tentativas de afastá-lo: “Não me sinto isolado de forma alguma, apesar, claro, de um movimento fortíssimo para me isolar dentro do próprio governo.” Ele afirmou que pretende conduzir um eventual mandato com “portas abertas” e diálogo com diferentes espectros. “Campanha tem um período; depois, tem que desfazer o palanque”, disse.

Gonçalves citou ainda projeções econômicas para reforçar a urgência de ajustes na máquina pública. Segundo ele, “o PIB de Rondônia vai crescer 4,7% este ano”, o que, na avaliação do vice-governador, exige que infraestrutura e serviços acompanhem o ritmo. “O poder público não pode ser uma trava para o desenvolvimento; quem gera desenvolvimento é quem produz”, afirmou.

Ao tratar do calendário e de eventual transição, o vice-governador disse que, havendo desincompatibilização do titular para a disputa ao Senado, poderá haver um período de oito meses de governo sob sua condução até a eleição. “Em oito meses a gente tem uma limitação do tempo e é claro que a gente vai ter que priorizar e ser muito seletivo”, disse, indicando que pretende consolidar, nesse cenário, um conjunto de propostas para o plano de governo do ciclo seguinte.

A entrevista foi marcada por participações de ouvintes com perguntas sobre saúde, regulação e articulações partidárias. Em diferentes momentos, Sérgio Gonçalves reiterou que sua plataforma eleitoral prioriza “simplificação, desoneração” e ganho de eficiência na prestação de serviços, com ênfase em saúde, segurança pública e licenciamento ambiental. “O caminho é gestão por resultado”, concluiu.


Informa Rondônia


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