Novo tremor atinge o Afeganistão após tragédia que deixou mais de 2,2 mil mortos

Novo tremor atinge o Afeganistão após tragédia que deixou mais de 2,2 mil mortos

 O país, já em crise, enfrenta mais um terremoto, complicando o trabalho das equipes de resgate e expondo a vulnerabilidade da população.

          Reuters/Sayed Hassib/proibida reprodução


Um novo terremoto de magnitude 6,2 e um tremor secundário de 5,4 atingiram o Afeganistão, provocando novos medos e desafios na nação já assolada por terremotos recentes. O epicentro foi no distrito de Shiwa, próximo à fronteira com o Paquistão. Os novos eventos sísmicos ocorrem poucos dias após um terremoto devastador, que, no último domingo (1º), matou mais de 2,2 mil pessoas e deixou 3,6 mil feridos. A informação foi confirmada pelo governo Talibã nesta quinta-feira (4).

O repórter da Reuters, Mohammad Yunus Yawar, relatou que os tremores secundários, ocorridos em um intervalo de 12 horas, reacendem o medo e a destruição. Pelo menos 13 pessoas foram levadas a hospitais na província de Nangarhar, uma das áreas mais afetadas, disse o porta-voz regional de saúde, Naqibullah Rahimi. Dez delas já receberam alta, enquanto três permanecem em estado estável.

Resgate em terreno montanhoso

As equipes de resgate enfrentam dificuldades para prestar socorro devido ao terreno montanhoso e as condições climáticas adversas. A instabilidade do solo causou deslizamentos de rochas, bloqueando o acesso a algumas vilas. Muitos sobreviventes, com medo de novos tremores, preferem dormir ao ar livre, mesmo com o clima rigoroso, o que aumenta o risco para a população.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para a falta de recursos básicos. A OMS busca angariar 4 milhões de dólares para fornecer suprimentos médicos, abrigo e alimentos para a população. A situação é ainda mais grave porque o país já estava em uma crise de pobreza e com a ajuda internacional reduzida.

Casas vulneráveis e o histórico de terremotos
O Afeganistão está em uma área de alta atividade sísmica, principalmente na cordilheira Hindu Kush, onde as placas tectônicas indiana e eurasiana se encontram. A maioria das casas na região é construída de forma simples, com alvenaria seca, pedra e madeira, o que as torna extremamente vulneráveis. O primeiro tremor da semana, de magnitude 6, arrasou vilarejos nas províncias de Nangarhar e Kunar, destruindo mais de 6.700 casas.

Além disso, um segundo terremoto de magnitude 5,5 na última terça-feira (2) causou pânico e dificultou os esforços de resgate, evidenciando a necessidade de uma infraestrutura mais resistente e de planos de emergência eficazes para proteger a população de futuros eventos.

Por Mohammad Yunus Yawar - Repórter da Reuters - 20

da redação FM

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