Lula libera R$200 milhões para titulares da CPMI criada para investigar roubo no INSS

Lula libera R$200 milhões para titulares da CPMI criada para investigar roubo no INSS

 Coluna CH / 27 de agosto

Tropa lulista na CPMI: deputado Ricardo Maia (MDB-BA); líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP); deputado Paulo Pimenta (PT-RS). (Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado)


O governo Lula liberou o pagamento de mais de R$200 milhões em emendas parlamentares para deputados e senadores que são titulares da CPI Mista criada para investigar a bandalheira contra aposentados do INSS. Todo esse dinheiro foi liberado no mês em que a investigação foi instalada no Congresso. O levantamento exclusivo considera o que foi de fato pago, quando o fornecedor ou prestador de serviço recebeu efetivamente o dinheiro, e o valor da emenda tido como “empenhado”.

Vendendo sonhos

O empenho equivale a um cheque ainda a ser descontado, mas serve para políticos terem o que mostrar aos aliados na base eleitoral.

Caminhão de dinheiro

Emendas pagas, entre 1 e 22 de agosto, mais recente atualização, passa dos R$113,7 milhões. As empenhadas superam R$90,8 milhões.

Nenhum vintém

Coronel Fernanda (PL-MT), proponente da CPMI, é caso raro no grupo: nada recebeu ou foi empenhado para a deputada em agosto.

PDT no topo

O governo pagou R$18,1 milhões à tropa do PDT de Carlos Lupi, que caiu da Previdência no escândalo, com três parlamentares na CPMI.

José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal.

Arruda manobra para ajudar a afrouxar Ficha Limpa

Ligou o alerta na classe política do DF uma manobra do ex-governador do José Roberto Arruda, que prometeu a Valdemar Costa Neto disputar pelo PL uma vaga de deputado federal, enquanto garantia ao PSD de Gilberto Kassab disputar o Palacio do Buriti pelo partido. As promessas têm o objetivo de engajar PL e PSD na aprovação do afrouxamento da Lei da Ficha Limpa, na qual está enquadrado. É que será votado nesta quarta-feira (27) no Senado projeto maroto que “unifica” em oito anos o prazo de inelegibilidade para políticos impedidos de se candidatar.

Anistia disfarçada

A aprovação do projeto acena com a possibilidade de anistiar políticos condenados na Lei da Ficha Limpa por crimes de corrupção.

Sanando ‘resistências’

O projeto seria votado nesta terça (26), mas foi adiado pelo relator, senador Weverton (PDT-MA), que tenta eliminar “resistências”.

Projeto é de Cunha

Não por acaso, o projeto é de Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-deputado Eduardo Cunha, também punido pela Ficha Limpa.

Conchavo na CPMI

Começou mal a CPMI Mista criada para investigar o roubo bilionário aos aposentados do INSS: um conchavão de governista e oposição resolveu “delimitar” a convocação de sindicalistas e controladores de outras associações vigaristas mais beneficiados pelo afano.

Frei Chico blindado

A pressão governista tem o objetivo de blindar a convocação do pelegão Frei Chico, irmão de Lula que é dirigente do Sindinapi, sindicato suspeito de embolsar mais de R$150 milhões dos velhinhos.

RSPV

Por ora, ex-ministros da Previdência serão “convidados” para falar à CPMI do INSS. Diferente da convocação, esse café com leite dá ao “convidado” a chance de, por exemplo, simplesmente não ir.

Dá nada

Gilmar Mendes (STF) ganhou mais um pedido de impeachment, que tem zero chance de andar no Senado sob comando de Davi Alcolumbre (União-AP). Quem protocolou foi o deputado Bibo Nunes (PL-RS).

Tempos estranhos

É curioso como a PGR, que, com a PF, promove devassa na vida de Jair Bolsonaro, não tenha concluído que há “risco de fuga”. Mas adotou sem hesitações o pedido de um deputado do PT.

Em alta

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), está com tudo. É cortejado pelo PL e tem garantia de vaga no Republicanos para enfrentar Lula na disputa pela Presidência, no próximo ano.

Na nossa conta

O Portal da Transparência atualizou os números: o governo Lula (PT) torrou mais de R$1 bilhão com viagens, este ano. Total: R$1,01 bilhão, sendo R$616,2 milhões em diárias e R$383,8 milhões em passagens.

Pesos e medidas

Lula teria dito em reunião que os ministros que não defenderem a gestão petista “podem pedir para sair”. Quando Bolsonaro fez algo parecido, a reunião virou ‘prova’ no inquérito do suposto golpe.

Pensando bem...

...monitoramento 24h ‘protege a democracia’ de vídeos e mensagens.

Cláudio Humberto

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